Lucélia Rodrigues disputará eleição dezesseis anos depois de ser libertada de cativeiro

Lucélia Rodrigues, uma sobrevivente de um passado de tortura, agora volta novamente como pré-candidata a vereadora por Goiânia, representando o PSD, partido do senador Vanderlan Cardoso e pré-candidato a prefeito da cidade. Há dezesseis anos, Lucélia enfrentou o que descreve como o pior pesadelo de sua vida, quando tinha apenas 10 anos.

Hoje, aos 28 anos, Lucélia é mãe de três crianças, com idades de 9, 7 e 10 meses, e se considera uma mulher realizada e feliz. O contexto atual de sua vida contrasta profundamente com o horror que viveu no passado.

Lucélia, missionária e membro da Assembleia de Deus Ministério Campinas, liderada pelo Bispo Oides José do Carmo, escolheu o PSD como sua plataforma política, sentindo-se alinhada com essa legenda. Ela conta com o apoio de alguns ministérios e líderes religiosos.

Relembrando sua tentativa nas eleições legislativas de 2020 pelo PSC, quando obteve 1.416 votos, Lucélia reconhece que não obteve sucesso, mas acredita que este ano será diferente. Ela está em pré-campanha e confia que terá maior visibilidade, o que resultará em uma votação superior à do pleito anterior. Lucélia expressa otimismo e destaca seu compromisso de trabalhar em prol das crianças, adolescentes e mulheres. Ela acredita firmemente que, com fé em Deus e se for sua vontade, poderá se tornar a mulher mais votada em Goiânia.

Sobre Adriana Accorsi (PT), Lucélia demonstra gratidão pelo apoio recebido da delegada em 2008. No entanto, ela enfatiza que não possui vínculos com o PT. “Adriana é uma pessoa maravilhosa e fez parte da minha história, libertando-me do cativeiro. Contudo, não mantenho qualquer relação com o partido dela”, ressalta.

Como missionária evangélica, Lucélia viaja pelo país compartilhando sua história de superação e o que ela considera um milagre divino em sua vida. Ela relata ter perdoado sua agressora e expressa o desejo de reencontrá-la. “Deus me curou completamente. Escolhi perdoar e Deus me presenteou com uma segunda família, meus pais adotivos, a quem chamo de pai e mãe”, afirma Lucélia.

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