Ailton Benedito vai recorrer do veto ao seu nome para Comissão de Mortos e Desaparecidos

O procurador-chefe do Ministério Público de Goiás (MPF), Ailton Benedito, disse que irá recorrer da decisão do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) de vetar sua indicação para compor a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos do governo federal. 

A indicação de Ailton foi negada por 6 votos a 4 no CSMPF. A goiana Raquel Dodge, procuradora-geral da república, também votou contra.  Muito presente em redes sociais, Ailton assume uma postura conservadora  e critica verozmente aqueles que acusa de "esquerdistas". 

No entendimento do Conselho,  a indicação cabe à Procuradoria Geral da República, e  não ao Executivo. Ailton, porém, argumenta que a prerrogativa é “de livre escolha e designação” do presidente da república, como prevê a Lei 9.140. Cabe ao presidente da república escolher, ou não, alguém da  lista tríplice indicada após votação entre os membros do MPF. 

O procurador deve apresentar o recurso ainda nesta semana. Ailton foi indicado pela Secretária Nacional de Proteção Global, ligado à pasta da Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Ele contou ainda com a chancela de Bolsonaro. 

A Comissão foi criada em 4 de dezembro de 1995 no governo de Fernando Henrique Cardoso com a missão de investigar o desaparecimento de pessoas por motivações políticas no período da ditadura militar. 

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