Análise: Marconi irrita aliados mais próximos com candidatura solo ao Senado

Quatro anos depois de terminar a eleição para senador em quinto lugar, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) decidiu, de última hora, ser candidato solo ao Senado. A decisão, em tese, ainda pode mudar até 15 de agosto, dizem alguns poucos aliados nos bastidores, mas é improvável que mude.

A “batida de martelo” para sair candidato ao Senado irritou aliados mais próximos. A maioria queria que ele mantivesse a candidatura a governador, como acertado em pesquisa interna (93% dos filiados queriam o tucano candidato ao Palácio das Esmeraldas) e em evento razoavelmente grande dia 16 de julho. Mas Marconi falou que “não queria aventuras”, embora antes tenha tentado – e, ao fim, recusado -, uma aliança nacional com o PT, que o esperou até o último momento, em vão.

Ao fim, o PSDB (em federação nacional com o Cidadania) decidiu que os filiados podem apoiar qualquer candidato a governador em Goiás, desde que o nome não seja o do governador Ronaldo Caiado (UB). Mas, também, não há decisão clara de punição para quem apoiar Caiado. O tucano sabe que o governador está forte e não quer irritar os poucos prefeitos que ainda restam no PSDB.

Esta “candidatura solo” ao Senado foi uma das decisões de Marconi que mais irritaram tucanos mais próximos:  consideram uma opção individualista, ainda mais sem nenhum candidato a governador e com pouquíssimo tempo de rádio e televisão, o que atrapalha sobremaneira os candidatos proporcionais (a deputado federal e estadual).

Marconi definiu dois nomes para suplência ao Senado, mas, em tese, eles ainda podem ser alterados até dia 15 de agosto: o ex-secretário da Fazenda e ex-prefeito de Goianésia Jalles Fontoura na primeira suplência e o empresário Marcos Ermírio de Moraes, organizador do Rally dos Sertões, na segunda suplência. A ideia é que ambos ajudem Marconi com o financiamento da campanha.

Marconi afirmou, no evento do Setor Sul, que não escolheu ainda seu candidato a governador – isso se algum deles for querer seu apoio. “Eu dormia candidato a governador e acordava candidato a deputado. Sei que a decisão frustrou muita gente e eu jamais tive receio de enfrentar desafios, mas existem as circunstâncias e não podemos avançar além do possível

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