Análise: Wolmir Amado errou em sonhar com Marconi e ainda escolhe marconista para vice

Frustrados com a decisão do PSDB de Marconi Perillo de não apoiar Lula para presidente e formar um palanque em Goiás para o PT, o ex-reitor da PUC Goiás, Wolmir Amado (PT), acabou tendo que confirmar sua candidatura a governador e escolhendo o advogado Fernando Tibúrcio (PSB) para vice-governador – este indicado pelo marconista José Eliton, também filiado ao PSB recentemente. Nacionalmente, PT e PSB formam a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).

Tibúrcio, o vice de Wolmir, foi secretário da Casa Civil na gestão de Eliton em 2018 e, durante toda a campanha, foi entusiasta de uma aproximação com Marconi. Próximo a Cristiano Zanin, advogado de Lula, Tibúrcio participou de conversas nacionais em busca de aliança do PSDB com o PT, que acabaram não indo para frente.

Erro fatal
A federação formada pelo PT, PC do B e PV cometeu o erro fatal de esperar tempo demais uma definição de Marconi Perillo, que vendeu a Lula a formação de um grande palanque regional liderado por ele, Marconi. Ao fim, Marconi aumentou demais a lista de exigências (incluindo até pedido para que Lula intercedesse pelo PSD), sem contrapartida. O PT esperou, esperou, e recebeu um “não” de Marconi, que preferiu colocar seu PSDB em campo apenas com candidatura ao Senado e sem candidato a governador.

Essa insistência de esperar demais por Marconi acabou paralisando a pré-campanha de Wolmir Amado, que acabou caindo nas pesquisas. Por fim, a federação do PSOL com a Rede, que seria uma possível aliada do PT em Goiás, cansou de esperar e decidiu lançar suas próprias candidaturas.

Em entrevista à repórter Elisama Ximenes, do jornal O Popular, Tibúrcio afirma que Eliton foi fundamental para a composição do PSB com o PT no estado. “O José Eliton foi é um grande quadro da política de Goiás, tem o espírito democrático, e eu diria que ele foi uma peça fundamental para a construção dessa aliança”, disse. Tibúrcio também lamentou o fato de Marconi não integrar a aliança. “Eu acho que é um caminho, respeita um pouco a posição que já existia na política nacional, mas ainda continuo vendo o PSDB dentro de uma ideia de uma construção de partidos que acreditam no caminho da democracia no Brasil.”

Senado
A coligação definiu que a candidata ao Senado, pelo PC do B, será o da ex-deputada Denise Carvalho. O primeiro suplente Jobim das Oliveiras (PV). A segunda suplência da candidata a senadora ficou com Paulo Alves (PT).

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