Justiça tira do ar pílula de Marconi que ataca Delegado Waldir

A Justiça Eleitoral derrubou a veiculação de uma pílula de responsabilidade da campanha do candidato ao Senado Marconi Perillo (PSDB) com crítica ao seu adversário Delegado Waldir (UB). A decisão liminar, assinada pelo juiz Mark Yshida Brandão, do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), foi publicada nesta sexta-feira, 16. Marconi diz que vai recorrer. 

No documento, o magistrado argumenta que a pílula não traz o nome do candidato titular ao cargo de senador, os nomes dos candidatos a suplente e o número pelo qual concorrem. O juiz afirma que a peça apresenta apenas o nome da federação pelo qual concorrem “em fonte muito reduzida, lateralmente”. 

O juiz mostrou que legislação eleitoral determina que nas propagandas de candidatos majoritários deve constar os nomes das pessoas candidatas a vice ou a suplentes de senador, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a 30% do nome do titular. “De uma aferição visual é possível constatar que a única identificação foi o nome da Federação e dos partidos que a compõem consignados na lateral do vídeo em fonte muito pequena, quase ilegível, sem qualquer outra referência aos candidatos ou ao número pelo qual concorrem às Eleições 2022”, disse o juiz na decisão. 

Em nota, a assessoria de Waldir informou que o candidato acredita que seu crescimento na preferência do eleitorado goiano o transformou em alvo dos adversários nos últimos dias, e cita sua liderança na disputa ao Senado, apontada pelo Instituto Goiás Pesquisas/Mais Goiás, como argumento. 

Um dos coordenadores da campanha de Marconi, Jayme Rincón afirmou à repórter Karla Araújo do jornal O Popular que a avaliação do tamanho da fonte usada na peça é “subjetiva” e disse que a campanha vai recorrer.

Ataque
Jayme Rincón havia afirmado que a campanha de Marconi não atacaria adversários, mas a pílula é uma crítica direta ao Delegado Waldir. Jayme disse ao jornal que “estamos levando pancada de todos os lados” e Waldir “passou de todos os limites, mandamos um recado para ele. Nós sabemos fazer isso também, mas não é o que queremos. Não é nosso espírito e não é o propósito da nossa campanha. Mas, com pessoas como Waldir, ele não sabe falar em outra língua, ele não dá conta de debater, ele não dá conta de levar um raciocínio adiante. A língua que ele entende é essa. Estamos falando o linguajar dele”.

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