MPT investiga diretor financeiro da Goiás Fomento por assédio eleitoral

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás instaurou inquérito civil contra a Agência de Fomento de Goiás (Goiás Fomento) para investigar um suposto caso de assédio eleitoral cometido pelo diretor Administrativo e Financeiro da instituição, Lucas Fernandes de Andrade. O procedimento foi iniciado a partir de denúncia do vereador por Goiânia Mauro Rubem (PT).

Conforme o órgão, uma audiência conciliatória foi agendada para ocorrer na tarde desta quinta-feira, 19, com a presença de Lucas e de, no mínimo, um representante da empresa e um servidor de departamento de recursos humanos ou divisão de pessoas. A Goiás Fomento é uma agência estadual que atua na concessão de financiamentos.

O Ministério Público também divulgou recomendação para que a empresa se abstenha de fazer promessas de vantagem para qualquer pessoa em troca de voto em algum candidato. O MPT recomendou ainda que a agência não ameace ou oriente eleitores quanto ao voto e não promova reuniões com objetivos de conquistar eleitores.

A recomendação e a portaria com instauração do inquérito foram publicadas nesta segunda-feira, 17, e assinadas pela procuradora do Trabalho Janilda Guimarães de Lima. Lucas disse, ao jornal O Popular, que foi notificado sobre o inquérito e afirma estar indignado com a denúncia. O diretor classificou o relato de Rubem como “fake news criada sem nenhum fundamento”.

Lucas também argumentou que nunca se encontrou com o vereador e pretende entrar na Justiça contra o parlamentar. Postagens nas redes sociais do diretor mostram que ele fez campanha pela reeleição do deputado federal Glaustin da Fokus e do deputado estadual Henrique César, ambos do PSC, partido que o indicou para o cargo na Goiás Fomento.

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