MPGO quer investigação de adega que fez promoção de vinhos a R$ 22 em Goiânia

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu à Polícia Federal (PF) que investigue uma adega de Goiânia pelo suposto cometimento de crime eleitoral. A solicitação vem após o Empório Sete anunciar uma promoção de mais de dez rótulos de vinhos a R$ 22. Conforme o órgão, é uma alusão direta ao número do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o promotor eleitoral Haroldo Caetano, além do valor do vinho, chama atenção à duração da promoção, que termina no dia 29 de outubro - véspera do segundo turno das eleições.

Na solicitação enviada à PF, Caetano aponta a necessidade de apurar quais rótulos de vinhos estão na promoção, “com a verificação de suas notas fiscais de compra pela empresa em questão”, para constatar a “vantagem indevida oferecida ao eleitorado, em face do preço incomum e baixo para esse tipo de bebida”.

Conforme o promotor, a empresa pode incorrer no crime do artigo 299 da Lei Eleitoral, de “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção”, cuja pena prevista é a prisão de até quatro anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa.

Na publicação de um vídeo nas redes sociais do Empório Sete divulgando a promoção, vários internautas demonstram ter associado o preço promocional ao candidato à presidência Jair Bolsonaro. “Hoje vou comprar o meu. Bolsonaro22”, comentou um seguidor. “Quero seis vinhos Bolsonaro 22”, escreve outro. Ao jornal O Popular, o Empório Sete declarou que a promoção não tem qualquer teor político, e que o preço escolhido para os vinhos, de R$ 22, “foi apenas uma coincidência”.

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