Seduc de Goiás identifica 72 estudantes com altas habilidades

Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), até o fim de 2021, 72 alunos da rede estadual de Goiás foram identificados com altas habilidades ou superdotação. Conforme a pasta, outros 334 estão em processo de identificação. A participação em atividades extracurriculares e até a aceleração de séries são opções para essas crianças e adolescentes.

A superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais da Seduc, Núbia Rejaine Silva, que é a responsável pela política pública de inclusão disse ao jornal O Popular que estudantes superdotados são aqueles que costumam ter um alto desempenho em todas as disciplinas, enquanto aqueles que têm altas habilidades possuem facilidade com áreas específicas. Ela esclarece que não existe uma sala de aula especial para essas crianças e adolescentes. “Isso seria segregação”, enfatiza.

Quem foi identificada, em 2021, com altas habilidades em linguística foi a estudante Ana Gabriela Santana, de 15 anos. Ela estudava no Colégio Estadual Menino Jesus, em Trindade. Atualmente cursa a 1ª série do ensino médio no Instituto Federal Goiano (IFG) e contou ser grata por ter passado pelo processo de identificação na primeira escola. “Descobri porque tenho tanta facilidade com a escrita e com a interpretação de texto. Às vezes me sento e simplesmente começo a escrever. Agora entendo mais um pouco o porque que eu sou assim”, relatou.

A Seduc possui o Núcleo de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S). Ele oferta cursos de formação e educação continuada para os profissionais da rede conseguirem identificar as crianças e adolescentes com superdotação ou altas habilidades. Eles já prestaram consultoria em 142 escolas e 64 municípios diferentes. As instituições de ensino sempre comunicam o NAAH/S quando desconfiam de possam ter algum estudante com superdotação ou altas habilidades.

Quando se fala de estudantes com superdotação ou altas habilidades, as pessoas tendem a imaginar crianças e adolescentes super inteligentes, comportados, estudiosos e que só tiram notas altas em todas as disciplinas. Entretanto, esta não é a realidade. “É importante não colocar rótulos. Assim como qualquer criança ou adolescente, eles têm diferenças. A superdotação e as altas habilidades não estão condicionados a nenhuma condição ou laudo”, esclarece Núbia Rejaine Silva.

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