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Foto: Nelson Junior
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, decidiu encerrar a sessão desta quinta-feira sem concluir o julgamento
STF barra projeto de Caiado de reduzir jornada e salários de servidores públicos
23/08/2019, às 00:25 · Por Eduardo Horacio
O governador Ronaldo Caiado (DEM) chegou a enviar carta ao
Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que fosse restabelecida a possibilidade
de reduzir a carga horária e os salários dos servidores públicos. Além de
Caiado, assinaram a carta os governadores de Minas Gerais, Rio Grande do Sul,
Paraná, Pará, Alagoas e Mato Grosso do Sul. O plenário do Supremo Tribunal
Federal (STF), no entanto, já formou maioria para declarar inconstitucional esse
dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que permitiria aos governos
reduzir a jornada e o salário dos servidores.
Seis magistrados votaram ontem, 22 de agosto, nesse sentido
contra a medida: Edson Fachin, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski,
Luiz Fux e Marco Aurélio. O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, decidiu
encerrar a sessão desta quinta-feira sem concluir o julgamento, sob a alegação
de que o voto da ministra Cármen Lúcia tinha uma pequena diferença dos demais e
que o ministro Celso de Mello não estava presente para votar.
O caso é relatado atualmente no STF pelo ministro Alexandre
de Moraes. A ação será analisada por meio de uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pelos partidos PC do B, PT e PSB que
questiona artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Além da redução da carga e horária e dos salários, ainda
falta os ministros avaliarem também um segundo artigo que permitiria cortes no
orçamento quando o governo não alcançar a arrecadação prevista. Se liberado, um
governador poderá dividir a conta entre os poderes Legislativo e Judiciário.
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