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Retirada ocorreu após eleições; ao todo, canais bolsonaristas retiram do ar mais de 4 mil publicações

Gustavo Gayer remove 1,6 mil vídeos de seu canal no YouTube

04/11/2022, às 07:51 · Por Redação

Nos primeiros dias após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais, canais bolsonaristas retiraram do ar, por conta própria, mais de 4,2 mil vídeos no YouTube. O levantamento foi feito pela empresa de análise de dados Novelo Data a partir de informações da própria plataforma, e publicado pelo jornal O Globo.

O perfil do YouTube que mais removeu, voluntariamente, conteúdo bolsonarista foi o do deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL-GO), que tem pouco mais de 1 milhão de inscritos. Do total de 1,6 mil vídeos agora fora do ar, 159 citavam já no título o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) ou o ministro Alexandre de Moraes.

Parte das postagens repercutia alegações sem provas e depois descartadas envolvendo inserções de rádio da campanha de Jair Bolsonaro (PL) e trazia ataques ao TSE citando “censura” por decisões da Corte Eleitoral para remover desinformação. Na lista, há ainda falsas alegações de fraude no pleito de 2018 e outros conteúdos que lançam dúvidas sobre as urnas eletrônicas.

Em 308 vídeos, os ataques são direcionados a Lula e ao PT. No domingo do pleito, o canal de Gayer foi alvo de uma remoção determinada pelo TSE, após o parlamentar publicar uma foto de um panfleto apócrifo com falsas propostas de Lula para o país, como “liberação ordenada das drogas” e “descriminalização de pequenos delitos”, segundo informações da agência de checagem Lupa.

Ao todo, Gayer tinha 2.286 vídeos no ar há dois dias. Com as remoções, o número caiu para 680. Em abril, às vésperas do julgamento do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), Gayer também fez “uma limpeza” e escondeu 59 vídeos com ataques direcionados ao STF e ao TSE.

O youtuber teve o canal desmonetizado durante o segundo turno das eleições por decisão da Corte Eleitoral. Na pandemia, a conta do agora deputado eleito apareceu como a segunda que mais lucrou no YouTube com desinformação sobre a Covid-19 em um relatório do Google enviado à CPI da Covid, no Senado.


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