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Usina de asfalto que contaminou córrego em Aparecida de Goiânia é multada em R$ 400 mil; punição teve como base um relatório técnico-ambiental apresentado pela Semma nesta terça-feira, 6
Usina de asfalto que contaminou córrego em Aparecida de Goiânia é multada em R$ 400 mil
07/12/2022, às 10:58 · Por Redação
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Aparecida de Goiânia multou a empresa Goiás Asfaltos em R$ 400 mil. Isso, porque, no dia 10 de novembro deste ano, um tanque de massa asfáltica utilizado pela usina explodiu e causou o vazamento de um óleo que contaminou o córrego Almeida. Além da poluição, o incidente gerou reclamações de mau cheiro por moradores de vários bairros do município.
A punição teve como base um relatório técnico-ambiental apresentado pela Semma nesta terça-feira, 6. O documento mostra todo o dano da fauna e da flora provocado pelo acidente, bem como considera a atividade da empresa "potencialmente poluidora".
O coordenador da Defesa Civil de Aparecida, Juliano Cardoso, avaliou que houve omissão da empresa após a falha mecânica que provocou o derramamento de óleo. “No momento da operação, toda e qualquer empresa precisa ter profissionais habilitados para operar o equipamento e também agir nas contingências, o que não ocorreu. A empresa deveria ter trabalhado para cessar o incidente e comunicar os órgãos ambientais sobre o ocorrido.”
Além de pagar multa, a Goiás Asfaltos deverá reparar os danos provocados, por meio da retirada do solo contaminado e drenagem no leito do rio para retirada da crosta formada pelo derramamento do produto. Além disso, a empresa também deverá apresentar relatórios técnicos durante um período de seis meses, e cuidar de outros possíveis danos, caso venha a ocorrer morte de animais ou algum problema de saúde a algum humano, por exemplo.
A Defesa Civil informou, ainda, que começará um trabalho educativo, a fim de identificar outros locais que operam nas mesmas condições, para que incidentes como esse não aconteçam novamente.
Secretário da Semma, Cláudio Everson relembrou que uma fiscalização feita após o explosão mostrou que a Goiás Asfaltos não tinha licença para funcionar e, por isso, segue interditada. A empresa dividia área com outra companhia, chamada Pedreira Araguaia, mas segundo o município, apenas esta segunda tem autorização para operar.
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