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Produtos como cebola, batata e banana puxaram a inflação e 2022 fechou com alta de 4,77% em Goiânia

Inflação de 2022 em Goiânia tem os alimentos como vilões

11/01/2023, às 12:58 · Por Redação

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou 2022 com alta de 4,77% em Goiânia, puxada pelos preços de produtos como a cebola, a batata inglesa e a banana. A queda nos preços dos combustíveis evitou que a inflação fechasse o ano em dois dígitos, como ocorreu em 2021, quando o custo de vida na capital subiu 10,31%. O IPCA nacional fechou o ano passado em 5,79%.

Os alimentos e bebidas, que têm o segundo maior peso na cesta de compras das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, subiram 12,47%, em média, no ano. A cebola foi o produto que mais aumentou, 134,13%, seguida pela batata inglesa, que ficou 66,4% mais cara. Mas, por outro lado, os custos no grupo de transporte, que têm o maior peso no cálculo da inflação, recuaram 4,81% em 2022 por causa das quedas de 28,89% no preço da gasolina e de 26,9% no custo do etanol.

Ao jornal O Popular, o superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, lembrou que antes da queda nos preços dos combustíveis, causada pela desoneração de impostos federais (PIS, Cofins e Cide) e pela redução do ICMS, a inflação caminhava para fechar em dois dígitos. O grupo de transportes registrou altas de 30,5% nos preços das passagens de ônibus intermunicipais, de 30,17% nos emplacamentos e licenças e de 26,7% nos seguros, além dos reajustes nos preços dos automóveis, motocicletas e passagens aéreas.

Mas como o maior peso vem da gasolina, que ficou bem mais barata, o grupo fechou o ano em queda. Edson lembra que os preços dos alimentos foram impactados por problemas climáticos, que reduziram a produção e a oferta de vários produtos, como foi o caso da cebola, da batata e do feijão. Outro impacto, segundo ele, veio da alta nos custos de produção, como os fertilizantes, por causa da guerra na Ucrânia, que afetou os preços de vários insumos agropecuários.

A inflação em Goiânia também foi puxada pelo grupo de vestuário, cujos preços subiram 21,5%, em média. A maior alta ocorreu nos preços dos calçados e acessórios, que ficaram 27% mais caros, seguidos pelas roupas femininas, que subiram 25,5%.


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