Goiânia investiga 4 casos suspeitos de rubéola em crianças

Caso a cobertura vacinal contra a rubéola não suba no Estado de Goiás, possíveis surtos da doença podem se tornar comuns. Até o momento, quatro casos suspeitos estão sendo investigados em Goiânia. Todos se tratam de crianças, duas delas com menos de dois anos que estudam em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) da Região Sudoeste da Capital.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informa que “como há suspeita de rubéola, a pasta disse que já foi realizada a coleta de sorologia para o exame e a SMS aguarda o resultado. A Vigilância em Saúde também realizou o bloqueio vacinal contra rubéola no local". Segundo o órgão, na capital goiana, não há nenhum caso confirmado de rubéola em 2021 e 2022.

A cobertura da vacina tetravalente viral, que protege contra rubéola e outras doenças, é de 65% em Goiânia e, no estado, é de 80%. O Ministério da Saúde recomenda um índice de segurança de no mínimo 95%.

Para a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) já foi notificada e acompanha o trabalho realizado pela Secretaria de Saúde da capital. Amostras dos pacientes foram coletadas e estão sendo analisadas no Laboratório Central. Flúvia Amorim traz o alerta que a rubéola é uma doença grave, transmissível e totalmente previsível com vacinação.

“Ela pode causar, por exemplo, a Síndrome da Rubéola Congênita, onde, se uma gestante se infectar, pode ocorrer o aborto ou deixar a criança com aquela sequela. Se uma criança se infectar, ela também pode desenvolver uma sequela. Tem vacina contra a doença, se chama tetraviral e ela pode ser aplicada a partir de 1 ano de idade. O índice de 95% é para evitar que haja ocorrência de surto. Vamos supor que só fique os 5% de crianças não vacinadas, eu tenho tanta criança imunizada que não dá cadeia de transmissão. Ela é interrompida”, destaca.

Sintomas e vacinação
O médico infectologista Marcelo Daher postou nas suas redes sociais um vídeo falando sobre a doença. Segundo o profissional, a rubéola causa febre e manchas no corpo do paciente infectado. A patologia, segundo o especialista, é muito perigosa para gestantes, por conta das possíveis complicações que pode causar ao feto.

O especialista reforça sobre a importância da vacinação contra a rubéola: "com cobertura vacinal menor do que 70% ou 80%, o risco dessa doença ganhar força é muito grande. Então, precisamos ter muita atenção, redobrar e reforçar a questão da vacina com as doses normais e com as doses de reforço", disse no vídeo.

Esquema vacinal (sarampo, caxumba e rubéola):
- 1ª dose: 12 meses de idade com a vacina Tríplice Viral
- 2ª dose: 15 meses de idade com a Tetra Viral (completa o esquema de vacinação com a Tetra viral- o que corresponde à segunda dose da tríplice viral e 1ª dose da vacina varicela)

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