PF deflagra operação para investigar fraudes no auxílio emergencial na gestão Bolsonaro, em Goiás

A Polícia Federal realiza, na manhã desta terça-feira, 7, a Operação Apateones, que investiga uma organização criminosa especializada em fraudes ao programa do Auxílio Emergencial. Mandados de busca e apreensão e de prisão são cumpridos em Goiás, Distrito Federal e outros 11 estados.

O prejuízo causado por essa fraude está estimado em R$ 50 milhões. Mais de 10 mil contas foram fraudadas. De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em 2020 depois que a Caixa Econômica Federal enviou dados sobre 91 benefícios do Auxílio Emergencial que tinham sido fraudados. Nesta fase foram identificados R$ 54,6 mil que tinham sido desviados para duas contas de pessoas físicas e jurídicas em São Paulo. No entanto, outras milhares de fraudes foram identificadas. Os responsáveis pelas transações bancárias estavam em Goiás e em Rondônia e teriam recebido, posteriormente, dinheiro de pelo menos 360 contas do Auxílio Emergencial.

Ao todo, são cumpridos 47 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva. Além disso, há bloqueio de bens e valores encontrados nos nomes dos investigados. A ação acontece em Goiás, no Distrito Federal, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.

Os envolvidos vão responder por furto, por meio de fraude, estelionato e organização criminosa. Somadas as penas podem chegar a 22 anos de prisão.

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