Goianas presas inocentes por tráfico na Alemanha devem ser liberadas em até 15 dias

As goianas Kátyna Baía, 44, e Jeanne Paolini, 40, devem ser soltas em até 15 dias, na pior das hipóteses. É o que acredita a defesa após o governo brasileiro encaminhar às autoridades alemãs o inquérito completo elaborado pela Polícia Federal e os vídeos no aeroporto que comprovariam a troca de etiquetas da bagagem do casal.

Na última quarta-feira, 5, as duas passaram por uma audiência de custódia no qual a Justiça não acatou os documentos na forma como estavam para liberá-las. após o governo brasileiro enviar para o alemão a documentação mais completa mostrando que ambas teriam sido vítimas de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas.

“Acreditamos que, como houve muita comoção pública e pressão política no Brasil, a Justiça alemã vai considerar o caso com mais rapidez e deve soltá-las ainda nesta semana. Mas caso não soltem de ofício, o próprio promotor pedindo de ofício para inocentá-las e soltá-las, aí os advogados alemães vão precisar requisitar uma nova audiência, que pode ocorrer em até 15 dias. Então, na pior das hipóteses elas devem ser soltas em até 15 dias”, disse a advogada das duas.

No dia 4, a Polícia Federal prendeu seis pessoas acusadas de integrar a quadrilha que teria feito a troca da bagagem das goianas. As investigações apontam que o grupo atuava disfarçado em empresas terceirizadas que prestam serviço no Aeroporto de Guarulhos, tiram as etiquetas das malas de passageiros e as colocam em malas com cocaína. Além de diferente, a bagagem do casal era mais leve do que a apreendida no Aeroporto de Frankfurt. As malas das goianas ainda estão desaparecidas.

Em entrevista à imprensa, a PF informou também que as duas não tem o perfil de mulas do tráfico e que a viagem já estava planejada com bastante antecedência, o que foge do padrão usado pelos criminosos. Jeanne e Kátyna, que estão juntas há 17 anos, iriam descer em Berlim para uma viagem pela Europa de 20 dias.

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