Milho: produtores de Goiás precisam de chuva para garantir produtividade

Em Goiás, a falta de chuva, além de problemas de armazenagem e logística, podem atrapalhar a produtividade da safrinha, que não teve a colheita iniciada e deve ser realizada no final de junho, mas já apresenta um sinal de alerta. Algumas regiões goianas apresentam até 40 dias de estiagem. Para o coordenador institucional do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás, Leonardo Machado, a projeção de produtividade é positiva. “No geral, temos expectativa de média de 100 sacas de milho por hectare no Estado”, disse ao Notícias Agrícolas.

Na entrevista, Leonado lembrou ainda que o milho, nessa momento, se encontra em pendoamento recente, está começando a encher os grãos e está precisando de mais chuvas. "E o milho mais novo, o das plantações mais tardias, acabou de pendoar, vamos torcer para que venha essa chuva o quanto antes para que a produção supere as expectativas”, ressaltou.

No 8º levantamento da Safra 2022/23 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de Goiás pode ter aumento de 37,8% na segunda safra, comparado à safra passada. Sendo estimada em 10,8 milhões de toneladas, um crescimento significativo, visto o atraso no plantio para a safrinha. No entanto, ocorreu queda de -2,3% nas áreas destinadas ao milho safrinha.

Já a produtividade se mantém com uma alta de 41%, comparado à safra anterior. Em fase final do milho, e com os preços derretendo no mercado, os produtores vêm voltando a atenção para a comercialização, e os armazéns, que estão cheios. Para Machado, a preocupação existe, mas por enquanto as lavouras apresentam boas condições.

“Aquele milho plantado fora da janela, em torno de 30%, está em fase de pendoamento, porém, temos previsão de chuvas e, se elas se confirmarem, teremos uma excelente safrinha para o período de 2023. Vamos aguardar, é cedo para avaliar, mas trabalhamos com aquelas 100 sacas que Goiás consegue entregar na sua safrinha”, destacou.

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