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A expectativa é que até julho de 2024, a unidade gere 500 postos diretos de trabalho
Hospital Lúcio Rebelo volta a funcionar em Goiânia após disputa judicial
14/07/2023, às 13:01 · Por Redação
O Hospital Lúcio Rebelo voltou a funcionar após quase cinco
anos de disputa judicial. A unidade, que fica localizada em Goiânia, foi a
primeira a realizar fertilização in vitro (bebê de proveta) em Goiás.
O estabelecimento retomou os atendimentos de forma gradual
em março, sob a direção do cardiologista, Jorge Nabuth. A expectativa é que até
julho de 2024 a unidade gere 500 postos diretos de trabalho. Inicialmente estão
sendo oferecidos serviços clínicos e ambulatoriais, com especialistas em
cardiologia, nutrologia, psiquiatria, infectologia, entre outros.
Segundo o diretor da unidade, nos próximos dois meses o
hospital deve passar a atender pacientes que precisem de Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) e com leitos humanizados e para tratamentos paliativos, além de
centro cirúrgico dotado inicialmente de quatro salas. Já para 2024, está
prevista a reabertura do Pronto Socorro, com 25 leitos e com capacidade para
atender, num primeiro momento, 300 pessoas, sendo que a meta é chegar a 500
atendimentos por dia.
Com isso, o hospital será o primeiro da rede particular com
atendimento de trauma em Goiás, sendo que atualmente dessa modalidade no estado
só existe um de atendimento público, que funciona no Hospital de Urgências
Governador Otávio Lage (Hugol).
A meta, conforme Jorge Nabuth é “honrar seus mais de 40 anos
de existência como uma das unidades referência em alta medicina, com
tecnologia, e humanizada do estado de Goiás”, disse.
Disputa judicial
Em 2016, após crise financeira, a então diretora geral da
empresa sugeriu a venda da unidade. No ano seguinte, a negociação é fechada e a
unidade de saúde é entregue por R$ 25 milhões. Entretanto, a negociação,
segundo inquérito policial, foi fraudulenta e foi com a utilização de
“laranjas” do real interessado, cuja pessoa já pesava outras acusações de
aplicar conduta semelhante em outras empresas do país;
Já em meados de 2018, o hospital passou a operar com o nome
de Hospital Adonai. Porém, segundo o Ministério Público, o grupo recebia as
receitas dos atendimentos particulares, planos de saúde e governos, mas não
pagava tributos, colaboradores, fornecedores, sequer as contas de água e
energia elétrica. Eles também não honraram as parcelas do contrato de compra e
venda da empresa.
Por este motivo, o médico Percival Rebelo pediu a anulação
do contrato de compra e venda, que foi acatado pela Justiça. Sem equipamentos,
a unidade foi fechada. Em 2021, os dois proprietários, Percival e Maria Helena
Tabelo morreram em decorrência da Covid-19.
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