Abin aponta oito empresas de Goiás que enviaram caminhões a atos antidemocráticos em Brasília

Quarenta e seis caminhões que integraram comboios a Brasília para atos antidemocráticos desde o dia 4 de novembro saíram de Goiás, segundo monitoramento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Mais de um terço é de veículos registrados em nomes de empresas agrícolas e do ramo de transportes.

Os demais estão em nomes de pessoas físicas. Ao total, de 30 proprietários, 8 empresas goianas tiveram veículos nos comboios, que, para a Abin, “potencializaram o risco de invasão da sede dos Poderes da República”. Os caminhões das empresas saíram de Rio Verde, Jataí, Catalão e Formosa. As informações constam em relatório de inteligência encaminhado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso que investiga os ataques às instituições em 8 de janeiro.

O jornal O Popular divulgou que teve acesso ao documento, que está em sigilo e aponta a “participação de grupos econômicos em comboios de caminhões com destino a Brasília”. Ao total, conforme já havia mostrado a imprensa nacional, foram identificados 272 caminhões enviados a Brasília desde o dia 4 de novembro, em protestos contra o resultado das eleições. Goiás só perde para o Mato Grosso, com 136 caminhões. Da Bahia saiu a mesma quantidade de Goiás (46) e do Paraná, 26 . A empresa goiana com maior presença de caminhões (7) nos comboios foi a Transportes Comelli, com faturamento de R$ 12 milhões em 2021, segundo o relatório da Abin. O documento traz dados detalhados das empresas que mais enviaram veículos.

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