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Justiça irá decidir se Felipe Gabriel Jardim Gonçalves vai a júri popular
Ex-servidor público muda versão sobre o assassinato do sogro em farmácia, em Goiânia
04/09/2023, às 11:43 · Por Redação
O ex-servidor público Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, de 26 anos, mudou a
versão sobre o que motivou o assassinato do sogro, o policial civil aposentado
João do Rosário Leão, de 63 anos, em 27 de junho de 2022, e disse que foi por
legítima defesa por supostas ameaças sofridas. A informação é do jornal O
Popular.
A declaração foi em oitiva dentro da audiência de instrução
e julgamento, etapa que antecede as alegações finais pela acusação e defesa e,
em seguida, a decisão da Justiça se o réu vai ou não à júri popular. Felipe
Gabriel afirmou que, no dia do crime, entrou na farmácia aleatoriamente
enquanto conversava com a namorada, a empresária Kennia Yanka Silva Leão, de 26
anos, quando esta ameaçou ele e a mãe dele de morte.
Felipe então resolveu entrar por algum motivo no
estabelecimento que estava próximo nesta hora com a arma que havia deixado no
carro sem motivo aparente. Lá dentro, ele teria então entrado em surto e
atirado contra o sogro, uma pessoa que, segundo sua versão, era violenta e o
ameaçava e intimidava constantemente.
A versão é diferente
da apresentada na fase inicial do processo, quando sua defesa alegou que ele
entrou em um surto psicótico ao ser informado pela empresária que seu pai havia
feito um boletim de ocorrência por causa do tiro disparado pelo réu dois dias
antes na casa do policial aposentado após uma discussão envolvendo os três. O
surto, ainda segundo a defesa, foi agravado por uma medicação sem receita que a
namorada lhe fornecia ao longo do relacionamento.
Para a acusação, o crime foi premeditado e Felipe Gabriel se
deslocou até a farmácia armado já com o intuito de matar a vítima. O porte de
arma naquele momento, inclusive, foi outro ponto de contradição na oitiva. O
réu afirmou que tem direito a posse de arma e frisou várias vezes que sempre
respeitou a legislação, se deslocando armado apenas nas vezes em que ia para um
clube de tiro atirar.
Felipe Gabriel já foi condenado a 3 anos e 3 meses de
reclusão e 3 meses de detenção por ameaça e violência psicológica contra Kennia
Yanka, dentro de um contexto de violência doméstica que causou dano emocional e
à saúde mental da vítima.
A denúncia havia sido
feita pelo pai e a descoberta do registro por parte do ex-servidor público era
usada por este como justificativa para ir até a farmácia.
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