Preços da picanha e do filé têm maiores quedas em Goiás

O preço da carne em Goiás continua a registrar quedas significativas, conforme aponta o indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa divulgada na última terça-feira, 12, houve uma redução de 0,36% nos preços das carnes em geral. No acumulado do ano, essa redução chega a 9,90%, enquanto no acumulado dos últimos meses a queda foi ainda mais expressiva, atingindo 10,18%. As informações são do jornal Opção. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas no Estado de Goiás (Sindiaçougue), Silvio Yassunaga, atribui essa queda à alta oferta de carne e à tendência de redução de preços ao longo do ano. 

Segundo ele, os cortes de carne mais nobres foram os que mais sentiram a redução nos preços. "Tivemos cortes com redução de 10, 15 e até 20 por cento. Nos últimos 30 a 40 dias, o preço da picanha, por exemplo, já apresenta uma redução de 25 por cento." O presidente destaca que, no final do ano, devido às festas, a demanda tende a aumentar, e consequentemente os preços também podem subir.

Yassunaga ainda menciona que o consumo de carne bovina permaneceu em baixa por cerca de dois anos, apesar da produção elevada. Durante esse período, houve um aumento na demanda por carne suína e de frango. Para o consumidor final, a redução nos preços já está disponível, e é possível encontrar promoções de picanha e filé por R$ 49,90, sendo que normalmente esses cortes nobres variam de R$ 59,90 a R$ 69,90. Ele lembra que no final do ano passado, o preço da picanha chegou a R$ 120 o quilo, marcando a maior queda de preço.

É importante destacar que o volume total de bovinos abatidos em Goiás no segundo trimestre de 2023 cresceu 25,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. De abril a junho de 2023, os estabelecimentos em Goiás que passaram por fiscalizações (federais, estaduais ou municipais) abateram 477.622 bois, 309.495 vacas, 5.966 novilhos e 120.655 novilhas. O maior aumento percentual, em comparação com o mesmo período de 2022, ocorreu no segmento de novilhos, com um aumento de impressionantes 1.262,1%. Novilhas (64,1%), bois (29,1%) e vacas (9,8%) também registraram crescimento.

A produção estadual de frangos também aumentou, com um aumento de 14% entre abril e junho deste ano, totalizando 124.812.597 cabeças abatidas em comparação com 2022. Já a produção de suínos teve uma redução de 10% entre os dois períodos. No segundo trimestre de 2023, o número de cabeças abatidas ficou em 477.982.

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