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PMs presos em Goiás realizaram movimentações bancárias de mais de R$ 11 milhões; rendimentos, conforme Ministério Público de Goiás são incompatíveis com salários da corporação
PMs presos em Goiás realizaram movimentações bancárias de mais de R$ 11 milhões
23/09/2023, às 13:48 · Por Redação
A investigação envolvendo dez policiais militares presos sob suspeita de cometerem oito assassinatos em Goiás revelou movimentações financeiras que chamaram a atenção. Dois dos PMs presos, Marcos Jesus Rodrigues e Almir Tomas de Aquino Moura, movimentaram juntos mais de R$ 11 milhões em aproximadamente quatro anos. O Ministério Público de Goiás (MPGO) considera que essas transações são incompatíveis com os rendimentos da Polícia Militar.
Segundo informações do MPGO, Marcos movimentou cerca de R$ 6 milhões entre os anos de 2018 e 2022, enquanto Almir registrou uma movimentação bancária de R$ 5,8 milhões ao longo de três anos, com picos significativos no final de 2020 e no início dos anos de 2021 e 2022.
A prisão dos policiais ocorreu em 19 de setembro, durante a Operação Tesarac, que investiga homicídios em Anápolis e Terezópolis de Goiás. A ação da Polícia Civil de Goiás resultou no cumprimento de 10 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades, incluindo Anápolis, Caldas Novas, Nerópolis, Nova Veneza, Goiânia e Brasília.
Além das acusações de homicídios, os militares também são suspeitos de forjar confrontos para eliminar testemunhas, conforme detalhado no documento do MP. O órgão afirma que está acompanhando a investigação de perto e aguarda a conclusão das apurações para tomar as medidas cabíveis.
Em resposta às prisões, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), em conjunto com todas as forças de segurança, reiterou que não tolera qualquer desvio de conduta. A Corregedoria da Polícia Militar de Goiás informou que iniciou os procedimentos legais necessários em relação ao caso.
A Operação Tesarac continua a revelar detalhes surpreendentes à medida que as investigações prosseguem, destacando a importância de manter a integridade das forças de segurança e a confiança da sociedade em suas instituições.
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