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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, mesmo na liberação da verba, o orçamento dessas instituições é muito alto e os recursos investidos nas universidades não dão retorno ao pagador de imposto
MEC reconhece que não havia ‘gordura’ a ser cortada no orçamento da UFG
19/10/2019, às 00:18 · Por Eduardo Horacio
Ao anunciar a liberação de todo o orçamento que estava
bloqueado para a UFG, o IFG, o IF Goiano e demais universidades e institutos
federais de todo o Brasil, o Ministério da Educação (MEC) acaba por reconhecer
que não havia ‘gordura’ no orçamento dessas instituições para o ano de 2019.
É o que diz João Carlos Salles, reitor da UFBA (Universidade
Federal da Bahia) e presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes
das Instituições Federais de Ensino Superior) em entrevista ao site UOL. Nesta
semana, o MEC anunciou uma realocação de recursos no orçamento da pasta e a
liberação de R$ 1,1 bilhão para universidades e institutos federais. O valor
corresponde ao pouco que ainda permanecia congelado para essas instituições.
Com a liberação, as universidades têm garantida a execução
de 100% do orçamento discricionário (que envolve despesas como luz, limpeza e
água) para 2019.
"O MEC reconhece, com isso, que não havia gordura no
orçamento. Está reconhecendo que a verba é mesmo necessária para gerir as
universidades e que estávamos no limite, com várias universidades dando sinais
de que não sustentariam ou não conseguiriam suportar até o fim do ano sem essa
liberação", disse o reitor ao site UOL.
"Não quer dizer que algumas universidades não precisem
de mais recursos para outros gestos importantes, como pesquisa, manutenção. Mas
esse valor era o que estava previsto e, com a liberação, toda universidade vai
poder cuidar das suas contas até o fim do ano", diz Salles.
Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, mesmo na
liberação da verba, o orçamento dessas instituições é muito alto e os recursos
investidos nas universidades não dão retorno ao pagador de imposto.
Abraham Weintraub MEC UFG IFG IF Goiano Educação Ensino Superior