Agentes suspeitos de facilitar fuga em Trindade são libertados pela Justiça

A Justiça determinou a soltura do policial penal Redton Kennedy de Lima e do vigilante temporário Matheus Marques da Silva, ambos presos sob suspeita de facilitar a fuga de 14 detentos do presídio de Trindade em 15 de outubro. A prisão preventiva dos agentes foi revogada devido à não conclusão do inquérito no prazo de 10 dias, conforme exigido pela legislação. Eles agora irão aguardar o desenrolar do caso em liberdade, contudo, terão que usar tornozeleiras eletrônicas como medida de monitoramento.

A Polícia Civil está investigando a possibilidade de que o Comando Vermelho tenha pago aos agentes R$ 10 mil por cada um dos oito presos que deveriam escapar da prisão. Segundo as investigações, a fuga foi facilitada pela colaboração de Redton e Matheus, que teriam deixado o cadeado da cela de forma errada, permitindo que os detentos escapassem durante o plantão noturno. A falta de câmeras de segurança no presídio tem dificultado as investigações, e os depoimentos dos presos e dos plantonistas apresentam divergências significativas.

A juíza Francielly Faria Morais, da 3ª Vara Criminal, decidiu pela prorrogação do prazo para conclusão do inquérito e pela liberdade dos suspeitos. Eles estão proibidos de exercer função pública. A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) já havia exonerado Matheus e afastado Redton logo após a prisão. As defesas dos agentes alegam que a inocência deles será provada durante o processo. A DGAP informou que está em processo de licitação para instalar câmeras de segurança em todas as cadeias goianas até 2024, com o objetivo de melhorar a segurança nas instalações prisionais do estado. As informações são do jornal O Popular.

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