Banco Bradesco é condenado por empréstimos não autorizados a idosa em Mozarlândia

O juiz Denis Lima Bonfim, da cidade de Mozarlândia, proferiu uma decisão contra o Banco Bradesco e ordenou a restituição e a indenização de uma idosa que teve três empréstimos contratados em seu nome sem sua permissão. O magistrado considerou inexistente a dívida da mulher e impôs ao banco a obrigação de devolver em dobro os valores, além de uma multa de R$ 10 mil por danos morais.

Os registros apontam que os três empréstimos foram realizados no espaço de 90 dias, no ano de 2018, sem a autorização da idosa. Ao descobrir a situação, ela solicitou as cópias dos contratos e teve êxito apenas em um deles, cuja assinatura não condizia com a sua.

A idosa, aposentada e analfabeta, enfrentou repetidas idas ao banco em busca de esclarecimentos, sem sucesso, configurando, segundo a defesa, constrangimento e prejuízo para a cliente. O banco, por sua vez, alegou que a idosa assinou os contratos e que os valores foram creditados em sua conta, além de argumentar que ela se beneficiou do montante.

Entretanto, o magistrado contestou a defesa do banco, afirmando que a instituição "não trouxe aos autos os demais contratos, tampouco comprovou que a assinatura destes pertencia à autora, tanto que pugnou pelo julgamento antecipado". Até o momento, o Banco Bradesco não se pronunciou sobre a decisão, que é do fim de novembro.

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