Polícia Civil conclui que morte de professor em Goiânia foi acidental

A Polícia Civil concluiu as investigações sobre a morte do professor de libras Luiz Pereira de França Júnior, de 54 anos, é definiu que o incidente foi acidental. Ele foi encontrado ferido em uma rua no Centro de Goiânia em 4 de dezembro e a suspeita inicial era que havia sido vítima de latrocínio, já que seu cartão de débito havia sumido.

De acordo com as apurações, o professor, que enfrentava problemas de locomoção em decorrência de uma agressão anterior, sofreu diversas quedas ao percorrer o caminho para casa após deixar uma distribuidora de bebidas por volta de 1h45 da manhã. Câmeras de vigilância, analisadas pelos investigadores, registraram as quedas e auxiliaram na conclusão de que a morte foi acidental.

Luiz Pereira era surdo, apresentava dificuldades de fala, locomoção e equilíbrio, decorrentes de um episódio de violência ocorrido há 10 anos. As câmeras de vigilância mostraram que o homem que pegou seu cartão, identificado como Wanderson Marques da Silva, vive em situação de rua e o ajudou a se levantar após uma das quedas. O furto do cartão foi confessado por Wanderson, mas ele negou qualquer ato de violência.

Segundo relato do delegado Thiago Martimiano ao jornal O Popular, a investigação utilizou testemunhas, câmeras de vigilância e perícias para reconstruir os eventos da noite. Foi confirmado que o professor passou parte da noite em uma distribuidora de bebidas. Durante seu percurso para casa, ele caiu várias vezes, sendo que a última queda resultou em ferimentos graves na cabeça.

Wanderson utilizou o cartão do professor para realizar compras entre 3h e 5h40, adquirindo diversos itens, incluindo chinelos, cigarros, bebidas e roupas. O delegado ressaltou que não há indícios de que Wanderson esteja relacionado à morte de Luiz Pereira.

O professor, que atuava na rede municipal de ensino de Aparecida de Goiânia, trabalhava com crianças surdas e já teve passagem por instituições como o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) e o Instituto Federal de Goiás (IFG).

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