P U B L I C I D A D E
Poder Goiás
Goiânia, 01/04/25
Matérias
Reprodução

Laís Priscila Pinheiro Santana, única viva entre os oito acusados pela morte do cabo Leandro Ferreira França, respondia por facilitar a fuga de um dos envolvidos no assassinato e por posse ilegal de arma

Justiça absolve único sobrevivente entre os acusados pela morte de PM

20/01/2024, às 10:21 · Por Redação

A Justiça absolveu Laís Priscila Pinheiro Santana, a única pessoa viva entre os oito acusados pela morte do cabo da PM Leandro Ferreira França, ocorrida em 3 de maio de 2020. Laís, de 33 anos, enfrentava acusações de facilitar a fuga de um dos envolvidos diretamente no assassinato e de possuir ilegalmente uma arma encontrada em sua residência no momento da prisão. Ela respondia ao processo em liberdade após o pagamento de fiança de R$ 1,5 mil.

O crime que vitimou o cabo Leandro Ferreira França ocorreu quando o policial estava sozinho em uma viatura, em serviço à paisana, durante uma briga entre facções rivais no Setor Sítio Recreio dos Ipês. O homicídio foi resultado de disparos efetuados por membros de um grupo ligado ao Comando Vermelho, que receberam ordens para matar alguém vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) na região.

Laís Priscila respondia por ter ajudado na fuga dos criminosos e facilitado o êxito do crime, além de ter sido encontrada uma arma em sua residência. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) afirmou, na denúncia em julho de 2020, que sua participação na facilitação da fuga foi peça chave para o sucesso do homicídio.

Após a morte do cabo, quatro suspeitos foram mortos em ocorrências policiais em Goiânia, um casal foi executado no Distrito Federal, e outro suspeito foi morto em Altamira (PA), sem solução até o momento. Em julho do mesmo ano, a Polícia Federal prendeu sete policiais militares em Goiás e um PM aposentado no DF pelo envolvimento na morte do casal.

O julgamento de Laís Priscila ocorreu após ela ser detida em maio de 2020, e a arma foi encontrada em sua cama. O Ministério Público alegou que a rapidez na facilitação da fuga, a mudança de veículo utilizado no crime e o abandono da arma eram fundamentais para o êxito da operação criminosa.

Durante o júri, Laís afirmou que foi procurada por policiais militares que garantiram não prejudicá-la caso não se envolvesse em outras ocorrências criminais. A confissão de que a arma encontrada era de sua propriedade beneficiou sua absolvição por porte ilegal de arma.

Os outros sete acusados, incluindo o namorado de Laís na época, envolvido diretamente no homicídio, foram mortos em decorrência de intervenções policiais ou emboscadas. O júri concluiu que não é possível afirmar que Laís participou do homicídio ao buscar o namorado em um carro. As informações são do jornal O Popular.


Justiça Absolvição Laís Priscila Pinheiro Santana Morte Cabo da PM Leandro Ferreira França Goiás