Daniel Vilela perde chance de ouro ao negar retorno de prefeitos expulsos ao MDB

A filiação dos prefeitos Adib Elias (Catalão), Fausto Mariano (Turvânia) e Paulo do Vale (Rio Verde) ao DEM do governador Ronaldo Caiado (DEM) é, simultaneamente, um ato de força do governador e um ato de derrota do ex-deputado Daniel Vilela, presidente estadual do MDB.

Daniel Vilela perdeu uma chance de ouro quando, quatro meses atrás, em julho deste ano, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, pediu “unidade” ao MDB e manutenção dos prefeitos que enfrentam processo interno de expulsão. “Faço, portanto, uma conclamação para que todos os envolvidos nos acontecimentos políticos que geraram a luta interna no MDB tenham abertura para um amplo entendimento que começa pelo gesto simples do perdão”, cobrou o prefeito em carta aberta endereçada a Daniel.

Iris ainda lembrou na carta que manteve a coerência e apoiou a candidatura de Daniel Vilela, mas que reconhece as divergências internas que levaram outros nomes do partido a apoiar a eleição de Ronaldo Caiado. O prefeito de Goiânia destacou ainda o trabalho desempenhado pelos colegas prefeitos e a relevância histórica deles no MDB.

Se Daniel tivesse ouvido Iris e anulasse a expulsão dos prefeitos, hoje Daniel estaria desde já enorme no processo eleitoral de 2022, comandando um partido com musculatura maior – e com um presidente que se coloca acima de picuinhas. Em vez disso, preferiu fazer “ouvidos moucos” à carta de Iris. Resultado: o MDB fica, cada vez mais, menor em Goiás. Já não tem nenhum deputado federal, a bancada dos deputados estaduais está cada vez mais rachada e o partido tende a ficar menor no processo eleitoral estadual de 2022. 

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