Desmatamento em área de proteção ambiental de Pirenópolis afeta moradores

Uma área de 160 mil metros quadrados, delimitada entre o Córrego Maracujá e o Rio das Almas, foi doada para a criação de um Parque Municipal pelo empreendimento Aldeia dos Pireneus. A proprietária, Maria Elias de Almeida (Dona Mariinha), de 88 anos, esteve presente na doação ao lado de seu filho Guilherme Pinheiro, proprietário da Aldeia dos Pireneus. Contudo, há um debate sobre o destino desta área, pois há planos para a construção de um condomínio no local.

De acordo com Cristiano Costa, guia turístico e ambientalista, Guilherme, além de sócio da Aldeia do Vale, tem intenção de desenvolver um condomínio na área, o que entra em conflito com os planos para um Parque Linear Rio das Almas, previstos no Plano Diretor.

As Áreas de Preservação Permanente (APPs) em Goiás são responsabilidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). No entanto, a Semad esclareceu que a área está sob administração da Prefeitura Municipal de Pirenópolis e que a delimitação das APPs pode ser regulamentada pela legislação municipal.

Segundo a Prefeitura de Pirenópolis, a área doada será transformada em um novo ponto de encontro para atividades ao ar livre e contato com a natureza, acessível para pedestres. Guilherme Pinheiro afirmou que a doação do Parque não está relacionada ao Plano Diretor, mas foi uma condição estabelecida durante o processo de licenciamento ambiental como compensação.

A nota da Prefeitura de Pirenópolis confirma a doação da área pelos Empreendedores do Aldeia dos Pireneus, destinada à criação do Parque Municipal "Dona Mariinha", em homenagem à própria doadora. No entanto, a questão permanece sobre o uso futuro da área e a conciliação dos planos para o condomínio e o Parque Municipal.

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