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Goiânia, 01/04/25
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Senador Jorge Kajuru (PSB) deve indenizar em R$ 40 mil por danos morais o ex-deputado Federal Alexandre Baldy (PP) devido a ofensas publicadas em redes sociais

STF condena Kajuru por chamar ex-deputado Baldy de “trombadinha”

04/06/2024, às 08:22 · Por Redação

A 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, por maioria, que o senador Jorge Kajuru (PSB) deve indenizar em R$ 40 mil por danos morais o ex-deputado Federal Alexandre Baldy (PP) devido a ofensas publicadas em redes sociais. Kajuru publicou vídeos chamando-o de "corrupto", “trombadinha”, e “malandrinho” e alegando que seu casamento foi motivado por interesses materiais.

Porém, tanto a 1ª instância quanto o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) rejeitaram o pedido, argumentando que as declarações foram feitas pelo senador dentro do Senado Federal e estavam relacionadas ao exercício do mandato, estando, portanto, protegidas pela imunidade parlamentar.

Na ação impetrada por Alexandre Baldy ao STF, a ministra Cármen Lúcia rejeitou o recurso individualmente. Ela considerou que a alteração da decisão exigiria a revisão de fatos e provas, uma ação não permitida nesta fase do processo. Em resposta, os advogados de Baldy entraram com um agravo regimental para que a turma revisasse o caso.

No julgamento pelo colegiado, ficou prevalecido o voto do ministro Alexandre de Moraes, que divergiu da relatora e aceitou o recurso. Moraes argumentou que as ações do senador Kajuru não estavam relacionadas às suas funções parlamentares e excediam a proteção da imunidade parlamentar, tendo clara intenção de ofender e difamar Baldy.

“Ao eleitor interessa saber fatos concretos que possam desabonar a conduta dos ocupantes de cargos ou mandatos públicos. Ofensas e picuinhas em nada contribuem para o debate de ideias que deve prevalecer segundo o marco civilizatório”, escreveu o ministro.

Moraes também lembrou que o Código Civil responsabiliza indivíduos por atos ilícitos que violem direitos e causem danos morais. O entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Luiz Fux. A ministra Cármen Lúcia, no entanto, manteve seu voto original, permanecendo vencida na decisão.


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