Excesso em treinamento do Exército em Ipameri leva a investigação policial

Familiares de soldados do Exército Brasileiro em Ipameri, na Região Sudeste de Goiás, denunciaram casos de abusos e excessos durante os treinamentos. Três soldados relataram problemas graves decorrentes das atividades. O mais recente envolve um jovem de 19 anos que fraturou os dois joelhos e apresenta edemas, precisando ficar com as pernas imobilizadas ainda por mais 40 dias.

Além desse caso, outro soldado da mesma idade se afogou durante um treinamento em uma represa localizada em área militar. Um terceiro soldado sofreu queimaduras de segundo grau nas mãos enquanto realizava exercícios no asfalto quente em frente à companhia de Ipameri. Embora os dois últimos tenham retornado às suas atividades, o soldado com fraturas nos joelhos permanece afastado.

O comando de Ipameri, juntamente com a brigada de Cristalina, confirmou as denúncias e anunciou a abertura de uma sindicância interna para investigar os casos. A sindicância resultou na decisão de instaurar um inquérito policial para dar continuidade à apuração. Durante este período, os dois militares responsáveis pelas atividades físicas foram afastados de suas funções instrutivas e estão desempenhando funções administrativas.

Em nota, o Comando Militar do Planalto (CMP) informou que a 3ª Brigada de Infantaria Motorizada (3ª Bda Inf Mtz), em resposta às denúncias de possíveis maus-tratos e excessos nos treinamentos da 23ª Companhia de Engenharia de Combate, instaurou procedimentos administrativos para uma investigação imparcial. 

O CMP enfatizou que repudia qualquer atitude que vá contra os valores e a ética militar estabelecidos no Estatuto dos Militares e no Regulamento Disciplinar do Exército. "Não toleraremos qualquer tipo de violência ou abuso em nossas tropas", afirmou o comando, reiterando seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e a conduta ética dos militares.

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