MPF ordena PF a investigar o goiano Pablo Marçal por uso indevido de broche exclusivo de deputados

O Ministério Público Federal (MPF) determinou que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito para investigar o goiano Pablo Marçal, que é coach, empresário e pré-candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, por suposto uso indevido de um broche exclusivo de deputados nas dependências da Câmara dos Deputados. A investigação foi ordenada pelo procurador da República Athayde Ribeiro Costa, que suspeita de falsificação de selo ou sinal público, conforme o artigo 296 do Código Penal, que prevê pena de reclusão de dois a seis anos e multa.

O coach esteve em Brasília recentemente para reuniões com lideranças e foi visto circulando livremente em uma sessão tumultuada da Comissão de Ética da Câmara, que discutia o caso do deputado André Janones, acusado de 'rachadinha'. A presença de Marçal, usando um broche exclusivo de parlamentares, levantou suspeitas e resultou na intervenção do MPF.

"Verifica-se que a conduta ocorrida nas dependências do Congresso Nacional, especificamente na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, pode, em tese, amoldar-se à conduta descrita no tipo penal do art. 296, § 1º, II, do Código Penal. Há, contudo, a necessidade de aprofundamento das investigações, a fim de comprovar a materialidade e a autoria do possível delito noticiado", afirmou o procurador Costa no documento assinado nesta quarta-feira, 12.

No documento, Costa instrui que a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados seja consultada para verificar a existência de qualquer procedimento investigativo interno sobre o caso. Ele também solicita imagens e gravações que confirmem o uso do broche por Marçal, que deverá ser intimado a prestar depoimento.

O goiano Pablo Marçal ainda não se pronunciou sobre o caso.

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