Militar condenado pela morte de radialista se entrega, mas não fica preso

O militar da reserva Ademá Figueiredo Aguiar Filho, condenado como autor dos disparos que mataram o radialista Valério Luiz em 2012, se apresentou nesta sexta-feira, 14, o ao presídio Militar no Setor Marista, em Goiânia. Entretanto, devido a uma falha no sistema, o mandado de prisão emitido pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) ainda não havia sido registrado, permitindo que o militar deixasse a unidade sem ser detido.

De acordo com a defesa de Ademá, ele atualizou seus contatos e aguarda ser chamado para retornar ao presídio e cumprir sua pena. Ademá foi condenado em novembro de 2022, em júri popular, a 16 anos de prisão. Juntamente com ele, o TJGO também pediu a prisão de Maurício Borges Sampaio, ex-cartorário e empresário, condenado como mandante do crime.

Maurício Sampaio, que está em viagem, apresentou à Justiça um documento informando que retornará na próxima quinta-feira, 20, quando deve se entregar. O juiz Lourival Machado da Costa emitiu a ordem de prisão para Sampaio e Ademá no início da tarde desta sexta-feira, 14.

O assassinato do radialista Valério Luiz, ocorreu em 2012. Valério foi morto a tiros enquanto saía da rádio onde trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. A motivação para o crime teria sido as críticas que ele fazia à diretoria do Atlético Goianiense, da qual Maurício Sampaio fazia parte.

O processo judicial que investiga o assassinato se arrasta há mais de uma década. Em novembro de 2022, quatro dos cinco réus foram condenados, mas até agora, todos respondiam em liberdade. Após a fixação da pena, Maurício Sampaio e Ademá Figueiredo chegaram a ser presos, mas foram liberados dois dias depois graças a um habeas corpus concedido pelo TJ-GO.

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