Policiais do COD se tornam réus por suposto confronto forjado em Goiânia

Seis policiais do Comando de Operações de Divisas (COD) foram oficialmente indiciados pela Justiça de Goiás, acusados de participar de um suposto confronto forjado que resultou em homicídio. O caso, ocorrido no Setor Jaó em Goiânia no dia 1º de abril, foi denunciado pelo Ministério Público (MP-GO) e aceito pelo judiciário na última terça-feira, 18.

Os policiais Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira, Pablo Henrique Siqueira e Silva, Wandson Reis dos Santos, Wellington Soares Monteiro, Allan Kardec Emanuel Franco e Diogo Eleutério Ferreira foram denunciados. A decisão judicial, no entanto, não incluiu a prisão preventiva dos acusados nem o afastamento de suas funções, levando o MP-GO a considerar outras medidas jurídicas.

Segundo a denúncia, os policiais teriam armado um encontro com as vítimas, Marines Pereira Gonçalves e Junio José de Aquino, que eram informantes dos militares e dividiam os lucros de atividades criminosas com o grupo. O encontro ocorreu cerca de 2,2 km de distância do quartel do COD, na Avenida Governador José Ludovico de Almeida, Conjunto Caiçara.

Os detalhes da acusação indicam que o carro alugado por Junio José estava estacionado próximo ao meio-fio do Centro de Treinamento do Vila Nova Futebol Clube. Marines estava sentado no banco do motorista, enquanto Junio José estava em pé do lado de fora do carro, ao lado da porta dianteira direita. Quando os policiais chegaram ao local, abriram fogo contra as vítimas.

O MP-GO sustenta que os crimes foram executados com a colaboração de todos os denunciados, sendo que Marcos, Wandson, Wellington e Pablo Henrique participaram diretamente do ataque, enquanto Allan Kardec e Diogo atuaram disfarçados para facilitar a execução.

Os policiais são acusados de dissimulação e de uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. A dissimulação ocorreu quando os réus marcaram o encontro sem levantar suspeitas sobre suas intenções homicidas. Além disso, a rápida abordagem, a superioridade numérica dos policiais e a execução sumária das vítimas desarmadas impossibilitaram qualquer reação, evidenciando a intenção dos policiais de eliminar qualquer possibilidade de resistência.

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