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DivulgaçãoEm março, jovem de Catalão fugiu de casa para morar com Tales de Carvalho no Paraguai
Ex-chefe da PC de Goiás diz que havia seita de filhos de Olavo de Carvalho
01/07/2024, às 17:17 · Por Redação
O ex-delegado da Polícia Civil de Goiás (PCGO), Alexandre Lourenço, detalhou ao site Metrópoles como funciona a “seita” de Tales de Carvalho, filho de Olavo de Carvalho. Atualmente advogado criminalista, Lourenço localizou uma das mulheres que, após deixar para trás a família para se casar com Tales de Carvalho, afirma ter sido vítima de uma lavagem cerebral e acusa o filho do teórico da conspiração de extrema-direita de uma série de abusos psicológicos e sexuais.
Junto do irmão Luiz Gonzaga de Carvalho, Tales lidera o Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS), escola de cursos fundada há 10 anos e tida como centro da seita. A ICLS é apontada como canal para angariar dinheiro de alunos e “benfeitores” e, no caso de Tales, aliciar jovens com o objetivo de conseguir casamentos.
O ex-delegado aponta que o comportamento da jovem, de 19 anos, indica o “processo de alienação” dela pela seita de Tales de Carvalho.
Ela dizia sempre para a família que estava com ele de livre e espontânea vontade, que tinha se convertido à religião dele e que agora teria que se comportar daquela forma”, disse Lourenço sobre o momento em que a jovem foi resgatada.
Segundo o advogado, a seita usa uma mistura de catolicismo com islamismo como pano de fundo. Lourenço explica que Tales e Luiz Gonzaga de Carvalho não dão um direcionamento final nos cursos, o que deixa as pessoas atreladas a eles. “É nesse momento que o processo de alienação vai acontecendo. A pessoa vai se perdendo e se desvinculando da racionalidade”, explicou Lourenço.
O advogado ressalta que o ICLS capta homens para serem os benfeitores financeiros do instituto, e Tales alicia mulheres para casamentos.
Lourenço ainda criticou o fato de a Polícia Civil de Goiás e do Paraná não instaurar investigações sobre o caso. O advogado ainda ressaltou a importância da evolução da aplicação do direito penal para lidar com casos que envolvem não apenas violência física, mas também psicológica e econômica.
PC-GO Olavo de Carvalho