Assessor de imprensa do Atlético-GO é suspenso por 15 dias após ser empurrado por Felipe Melo

O assessor de imprensa do Atlético-GO, Álvaro de Castro, foi suspenso por 15 dias pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devido a uma "invasão de campo". A decisão foi tomada na última quarta-feira, 3, pela 3ª Comissão Disciplinar, após o incidente com Felipe Melo, do Fluminense, durante o jogo da nona rodada do Campeonato Brasileiro, ocorrido em 15 de junho no Maracanã. Felipe Melo, por sua vez, recebeu uma suspensão de apenas uma partida.

Entenda o caso

O incidente ganhou grande repercussão e causou revolta no Atlético-GO. Nos acréscimos do segundo tempo, logo após o segundo gol do Dragão, marcado por Mateo Zuleta, Álvaro de Castro passou em frente ao banco de reservas do Fluminense e foi empurrado por Felipe Melo. O jogo foi encerrado logo em seguida. 

Álvaro de Castro relatou ter sofrido ameaças e agressões por parte de funcionários do Fluminense dentro do Maracanã após o jogo, acusação que o clube carioca nega. Em resposta, o assessor de imprensa do Atlético-GO descreveu Felipe Melo como um ser "desprezível" e registrou um boletim de ocorrência contra o jogador. O Atlético-GO emitiu uma nota classificando Felipe Melo como "covarde, desumano e antidesportista".

Solidariedade

O Sindicato dos Jornalistas de Goiás e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) expressaram solidariedade a Álvaro de Castro em uma nota oficial. "Um profissional íntegro que exerce a atividade de assessor de imprensa do Atlético Clube Goianiense com muita competência. O jornalista foi covardemente agredido pelas costas após o término do jogo entre Atlético Goianiense e Fluminense, realizado no dia 15 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, por um atleta carioca com longo histórico de agressões e truculência. O jornalista foi empurrado com violência e caiu dentro do campo de jogo", escreveram.

O Sindicato dos Jornalistas e a Fenaj lamentaram a decisão do STJD, afirmando que "para a surpresa de todos, no julgamento realizado no dia 3 de julho, o atleta recebeu suspensão de apenas um jogo e o jornalista foi suspenso por 15 dias, sob a alegação de que teria 'invadido' o campo. Lamentavelmente, há uma clara inversão de valores que penalizou a vítima e não o agressor, e que pode abrir precedentes para futuras agressões a jornalistas nos estádios brasileiros", concluíram.

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