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Surto de coqueluche em Goiânia leva SMS a emitir alerta de vacinação; cinco casos da doença foram confirmados em uma escola privada na capital; último registro de coqueluche na capital goiana foi em 2021

Surto de coqueluche em Goiânia leva SMS a emitir alerta de vacinação

11/07/2024, às 10:46 · Por Redação

Um surto de coqueluche em uma escola privada de Goiânia, com cinco casos confirmados, levou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital a emitir um alerta para a vacinação contra a doença. Os casos foram registrados na última semana, antes das férias escolares.

Segundo a SMS, um surto é caracterizado quando há pelo menos três casos registrados em um mesmo local. Diante do ocorrido, equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) foram à escola para investigar os casos e reforçar a importância da vacinação em dia.

Em 2024, a coqueluche voltou a ser uma preocupação em países da Europa, com aumentos significativos de casos confirmados. Em maio, a União Europeia divulgou um boletim epidemiológico mostrando um aumento da doença em 17 países, com 32.037 casos notificados entre 1º de janeiro e 31 de março de 2024. Na China, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CCDC) relatou 32.380 casos e 13 óbitos pela doença no mesmo período.

No Brasil, São Paulo registrou 139 casos de coqueluche de janeiro a junho deste ano, um aumento de 768,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O último caso registrado em Goiânia foi em 2021, sendo o último grande surto nacional em 2014.

A vacinação é a principal forma de prevenir a coqueluche. A imunização começa com a vacina pentavalente, administrada em três doses aos 2, 4 e 6 meses de vida. Reforços com a vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche) são dados aos 15 meses e aos 4 anos. As doses estão disponíveis em todas as salas de vacina do município.

Sintomas
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda que afeta o sistema respiratório, caracterizada por tosse seca, febre e cansaço, podendo levar a complicações como pneumonia, desidratação e paradas respiratórias. A infecção pode durar de 6 a 10 semanas, com as maiores complicações ocorrendo em crianças ainda em fase de amamentação. A queda na cobertura vacinal desde 2016 tem preocupado as autoridades de saúde, ressaltando a importância da vacinação. Em Goiânia, a cobertura vacinal é de 61,9%, abaixo dos 90% recomendados pelo Ministério da Saúde (MS).

Vacinação
Seguindo orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a SMS ampliou a recomendação do uso da vacina dTpa (difteria, tétano e pertussis acelular) tipo adulto, em caráter excepcional, para os seguintes grupos:

- Trabalhadores da saúde atuando em serviços públicos e privados, ambulatoriais e hospitalares, especialmente em ginecologia, obstetrícia, parto, pós-parto imediato, UTIs, unidades de cuidados intensivos neonatais e pediatria;

- Profissionais atuando como doulas, acompanhando gestantes durante gravidez, parto e pós-parto;

- Trabalhadores de berçários e creches atendendo crianças até 4 anos de idade.


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