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Polícia Civil prende funcionários de clínica de reabilitação por tortura e estupro em uma operação que revelou as práticas abusivas; dois suspeitos ainda estão foragidos

Polícia Civil prende funcionários de clínica de reabilitação por tortura e estupro

18/07/2024, às 10:01 · Por Redação

A Polícia Civil de Goiás prendeu vários funcionários de uma clínica de reabilitação clandestina em Pontalina, a cerca de 116 quilômetros de Goiânia. A operação, realizada na última terça-feira, 16, revelou casos de tortura e estupro praticados contra os internos da clínica.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Tereza Nabarro, a “Operação Help” resultou na expedição de cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Além disso, há a possibilidade de que mais dois mandados sejam cumpridos.

As investigações revelaram um cenário de crimes diversos dentro da clínica, incluindo negligência alimentar, falta de cuidados com a saúde e cárcere privado. “Existia uma ‘cela de castigo’, uma sala com grades e cadeados onde os internos eram colocados por vários dias consecutivos como forma de punição. Eles viviam sendo ameaçados, torturados e humilhados”, explicou Nabarro.

A delegada destacou que a maioria dos suspeitos já possuía um histórico criminal significativo, com antecedentes por homicídio, associação ao tráfico e roubo. Nabarro classificou os indivíduos como pessoas com “personalidade voltada para a habitualidade criminosa”.

Ainda há vítimas e testemunhas a serem localizadas, e com a autorização da autoridade competente, a identidade dos presos foi divulgada:
- Lucas: responde por dois crimes de tortura e um de cárcere privado qualificado.
- Rafael: responde por dois crimes de tortura, um de cárcere privado qualificado e furto qualificado.
- Mateus: responde por um crime de tortura e furto qualificado.
- André: responde por um crime de tortura majorada.
- Gustavo: responde por tortura por omissão e sequestro e cárcere privado.

Foragidos
Dois dos investigados, Joaquim Camargo de Araújo e Thiago Altino Barbosa, estão foragidos. Eles responderão pelos crimes de cárcere privado qualificado e tortura. Joaquim também enfrentará acusações de estupro de vulnerável.

A delegada Nabarro afirmou que as investigações continuarão até que todas as vítimas e testemunhas sejam localizadas e todos os envolvidos sejam responsabilizados.


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