Secretaria de Saúde investiga duas mortes suspeitas de meningite em Anápolis

A Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis está investigando duas mortes suspeitas de meningite ocorridas na cidade. O dentista Breno César de Lacerda, de 38 anos, morreu na segunda-feira, 22, após apresentar sintomas graves da doença. Segundo a família, Breno passou mal durante o fim de semana, foi internado e entrou em estado grave, vindo a falecer dois dias após a internação.

Durante a internação, foram coletados exames que foram enviados para análise no Laboratório Central de Saúde Pública, em Goiânia. A Secretaria de Saúde informou que o caso está em investigação e que os laudos finais dos exames indicarão se a causa da morte foi, de fato, meningite. Breno era um profissional da saúde bastante conhecido na cidade e recebeu inúmeras homenagens de amigos e familiares nas redes sociais.

Outro caso em análise é o de Rebeca Nunes, uma menina de 7 anos que morreu enquanto dormia, também em Anápolis. A criança havia recebido alta hospitalar dias antes de seu falecimento. Os familiares relataram que, inicialmente, os médicos suspeitaram de uma virose. No entanto, a causa da morte está sob investigação.

Rebeca começou a apresentar sintomas como vômitos, dores de cabeça e febre no dia 5 de julho. Ela foi levada ao hospital pelos pais no dia seguinte, onde os médicos diagnosticaram uma virose e inflamações de sinusite e faringite. Após receber soro e ser liberada, Rebeca faleceu no dia seguinte. O Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) foi acionado e coletou material para análise, confirmando posteriormente a suspeita de meningite.

Meningite
A meningite é uma infecção que pode ser causada por vírus ou bactérias, afetando as membranas que revestem o cérebro. Os sintomas incluem dor de cabeça, febre, vômitos e rigidez no pescoço. Em cerca de 10% dos casos, a meningite pode ser fatal, e em 20% dos sobreviventes pode resultar em sequelas graves como surdez, paralisia motora e danos neurológicos.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) destaca que, para a meningite do tipo C, que tem predominado na região, a vacinação é a principal estratégia para prevenir a propagação da doença. A imunização é especialmente recomendada para crianças menores de 5 anos e adolescentes de 11 a 12 anos. A vacina é considerada a medida mais eficaz para controlar a infecção nessas faixas etárias e minimizar os riscos associados à doença.

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