Prazo para Paulo Daher recusar vice em chapa de Vanderlan termina dia 19, avisa Adriano do Baldy

O clima entre os Progressistas (PP) de Goiânia esquentou após a inesperada decisão do presidente municipal do partido, Paulo Daher, de se aliar a Vanderlan Cardoso (PSD) como candidato a vice-prefeito. O secretário-geral do PP, deputado federal Adriano do Baldy, anunciou que Paulo Daher tem até o dia 19 de agosto para recuar dessa posição. A determinação foi comunicada oficialmente pela Executiva do partido, que recorreu à Justiça para anular a aliança. "O PP vai até as últimas instâncias, até o Supremo, se for preciso", declarou Adriano.

Em entrevista ao Diário de Goiás nesta sexta-feira, 9, Adriano do Baldy deixou claro que a maioria dos membros do partido não apoia a decisão de Daher. “Olha, 99,9% das pessoas do partido querem seguir o candidato do União Brasil [Sandro Mabel, da base do governador Ronaldo Caiado]. Fechamos com ele no sábado, no domingo Sandro foi na nossa reunião e estava tudo certo”, relatou o deputado, demonstrando frustração com a mudança repentina de curso.

A polêmica se intensificou quando Paulo Daher anunciou a aliança com Vanderlan, justificando que "o desejo dos pré-candidatos [a vereador] é o de caminhar com Vanderlan porque ele é o mais qualificado para reconduzir Goiânia aos trilhos do desenvolvimento”. 

No entanto, essa decisão foi vista como um golpe pelos líderes do partido. Segundo Adriano, Daher agiu sozinho ao registrar a candidatura, alterando a ata sem o conhecimento ou consentimento dos outros membros. “O cidadão [Paulo Daher] carregou a ata, levou para a casa dele e simplesmente fez o que quis. Ele tinha a senha do Candex. A gente virou as costas e ele fez tudo ao contrário", afirmou Adriano, referindo-se ao sistema de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral.

Adriano do Baldy foi enfático ao afirmar que o partido está preparado para contestar judicialmente a atitude de Daher. Ele explicou que, apesar de Paulo Daher ter conseguido um mandado de segurança que lhe permite permanecer na presidência do diretório municipal, o PP não desistirá de buscar uma solução legal. “Temos todas as nossas ações documentadas, filmadas. Esse mandado deve cair na segunda-feira”, estimou o deputado.

Enquanto isso, a insatisfação entre os pré-candidatos a vereador na chapa é palpável. Alguns, como Danilo Arraes, já procuraram a Polícia Civil para investigar o ocorrido. Adriano destacou que, embora o partido não vá à polícia, os pré-candidatos têm todo o direito de buscar reparação. “Eles estão sem saber com quem vão fazer o material de campanha, estão prejudicados. A queixa-crime é deles”, sustentou o secretário-geral do PP.

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