Falta de macas paralisa Samu e Corpo de Bombeiros em Anápolis

O atendimento de emergência em Anápolis enfrenta uma crise severa: tanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) quanto o Corpo de Bombeiros estão impossibilitados de atuar, apesar de possuírem viaturas disponíveis. O motivo é a falta de macas, que estão retidas nas unidades de saúde municipais, impossibilitando o transporte de pacientes.

Conforme apurado pelo Portal 6, todas as macas que deveriam estar nas ambulâncias do Samu e dos Bombeiros estão sendo utilizadas nos hospitais e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade. A superlotação do Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana) e da UPA Vila Esperança, já mencionadas em denúncias anteriores, agrava ainda mais a situação. Além disso, o Hospital Municipal Alfredo Abrahão, que anteriormente funcionava em regime de "portas abertas", também está retendo diversas macas, contribuindo para o problema.

Esse cenário, que se arrasta há meses, se intensificou durante a crise de dengue no início do ano e atingiu um ponto crítico nesta quarta-feira, 14. Com todas as macas ocupadas nas unidades de saúde, as viaturas de emergência permaneceram nos quartéis, incapazes de atender os chamados da população. A situação também tem levado a um outro problema: os bombeiros, após socorrerem pacientes, acabam ficando "presos" nos hospitais, aguardando a liberação do paciente para tentar recuperar as macas e retomar as atividades.

Em resposta à situação, a assessoria do Centro Administrativo de Anápolis informou ao Portal 6 que houve uma "retenção pontual" das macas e que o serviço será normalizado ainda nesta semana. A nota, no entanto, não detalhou como essa normalização será alcançada, nem esclareceu as medidas que serão tomadas para evitar novos casos de paralisação do atendimento de urgência na cidade. 

---

Denúncia Macas Samu Corpo de Bombeiros Anápolis Goiás,