MP-GO e Polícia Civil deflagam operação em clínica para dependentes químicos

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) realizou na última semana, em conjunto com a 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRP), Vigilância Municipal em Saúde e Coordenação Municipal de Saúde Mental, fiscalização e inspeção na Clínica Agatha, de reabilitação de dependentes químicos.

A ação faz parte da Operação Higea, realizada após o recebimento de denúncia de cárcere privado, superlotação e maus-tratos.

De acordo com o promotor de Justiça Reuder Motta, as informações apontavam para a possibilidade de as pessoas internadas estarem vivendo sob condições desumanas, enquanto internadas em um estabelecimento que “supostamente teria o propósito de fornecer-lhes terapia para deixarem o vício de uso de drogas ilícitas”.

A delegada Cybele Tristão, titular da 2ª DRP, afirmou que foram detectadas irregularidades na clínica, como quartos superlotados e insalubres, internos com transtorno mental misturados com dependentes químicos e falta de profissionais da área de saúde habilitados. Além disso, foi descoberto que à noite os internos são trancados nos quartos, com grades e cadeados, o que caracteriza cárcere privado.

Foi dado prazo para que o proprietário do estabelecimento entre em contato com os familiares dos internos com transtorno mental, para que estes sejam buscados.

A Polícia Civil instaurou inquérito policial para apurar as denúncias e responsabilizar criminalmente os envolvidos.

Participaram da operação, como órgãos de apoio, os Conselhos Regionais de Medicina, de Farmácia e de Enfermagem, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Secretaria de Ação Social e Conselho Tutelar. 

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