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Reprodução - Portal 6Acidentes recentes expõem a fragilidade do sistema de saúde em Anápolis, onde a falta de macas no Samu e Corpo de Bombeiros tem levado a situações de improviso e risco para a população
Descaso: população de Anápolis enfrenta falta de macas e atendimento precário
21/08/2024, às 12:13 · Por Redação
A crise no sistema de saúde de Anápolis voltou a ser evidenciada nesta terça-feira, 20, quando, por falta de macas, moradores da cidade tiveram que improvisar no atendimento de vítimas de acidentes de trânsito. Um dos casos mais graves ocorreu na Avenida Brasil Norte, onde um motociclista, ferido em uma colisão, precisou ser transportado de forma precária em uma tábua por populares até o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana).
No mesmo dia, em outro ponto da cidade, um caminhão tombou na principal via do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). O motorista, que sofreu um corte na cabeça, foi retirado do veículo, mas teve que esperar atendimento na área externa devido à ausência de macas.
Esses episódios escancaram um problema que a Prefeitura de Anápolis havia classificado como "pontual" na semana passada: a retenção de macas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros nas unidades de saúde do município. Sem as macas disponíveis, o atendimento de emergência tem sido prejudicado, e os profissionais de saúde se veem obrigados a realizar manobras arriscadas para não deixar a população sem assistência.
O Heana, que atualmente é o único hospital de Anápolis a operar em sistema de "porta aberta", absorvendo toda a demanda de urgência e emergência da cidade, tem sido apontado como um dos responsáveis pela crise. Com 132 leitos, incluindo 51 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 81 de enfermaria, além de 24 pontos de atendimento no Pronto Socorro, o hospital está operando bem acima de sua capacidade, especialmente após o fechamento parcial da Santa Casa de Anápolis, que antes dividia essa carga.
A Prefeitura de Anápolis, por sua vez, reconheceu a gravidade da situação e informou ao Portal 6 que já entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para buscar soluções conjuntas. A administração municipal destaca que o aumento na demanda do Heana tem contribuído significativamente para a escassez de macas, mas não detalhou as medidas concretas que estão sendo tomadas para solucionar o problema.
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