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Goiânia, 02/01/25
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Justiça de Goiás determina que Maurício Sampaio compense danos morais e materiais à família do radialista, além de arcar com pensão mensal até 2032

Maurício Sampaio é condenado a pagar quase R$ 800 mil à viúva de Valério Luiz

27/08/2024, às 11:46 · Por Redação

O ex-dirigente do Atlético Clube Goianiense Maurício Sampaio foi condenado pela Justiça de Goiás a pagar uma indenização de quase R$ 800 mil à viúva do radialista Valério Luiz, assassinado em 2012. A decisão judicial também estipula o reembolso dos custos funerários e o pagamento de uma pensão mensal de quase R$ 3 mil à esposa do jornalista até o ano de 2032.

O juiz Fernando Ribeiro de Oliveira determinou que Maurício Sampaio deve pagar R$ 400 mil por danos morais e R$ 383.999 por danos materiais a Lorena Nascimento, viúva de Valério Luiz. Além disso, ele foi condenado a reembolsar a quantia de R$ 8.059,68 referente aos custos funerários, valor que será atualizado monetariamente desde a data do pagamento original pela família. Com isso, o valor total da indenização chega a R$ 792.058,72.

A sentença também estabelece o pagamento de uma pensão mensal de R$ 2.666,66 para Lorena Nascimento até 2032, ou até o falecimento da beneficiária, o que ocorrer primeiro. O valor da pensão será ajustado anualmente de acordo com a inflação. Essa decisão considera a expectativa de vida do radialista, que era o principal provedor da família, e o período até ele completar 70 anos de idade.

O caso
Maurício Sampaio foi preso no dia 20 de junho deste ano, após ser condenado como mandante do assassinato de Valério Luiz. O radialista foi morto a tiros em 2012, em frente à Rádio Bandeirantes, onde trabalhava, em Goiânia. A motivação do crime, segundo a Justiça, foi silenciar Valério Luiz, que era um crítico ferrenho do Atlético Goianiense, clube que Sampaio dirigia na época.

A condenação de Maurício Sampaio, a 16 anos de prisão, só foi decretada em 2022, uma década após o assassinato, após uma série de reviravoltas judiciais. Além dele, o executor do crime, o policial militar da reserva Ademá Figueiredo Aguiar Filho, também recebeu uma sentença de 16 anos de prisão. A decisão final foi marcada por uma longa luta judicial e por esforços contínuos da família de Valério Luiz em busca de justiça para o crime brutal que chocou a comunidade de Goiânia e o meio jornalístico.


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