Goiás registra média de 2,1 mil casos semanais de Covid-19 e alerta para baixa cobertura vacinal

Nas últimas quatro semanas, Goiás registrou uma média de 2,1 mil casos de Covid-19 por semana, totalizando 8.421 casos entre 18 de agosto e 14 de setembro de 2024. Segundo a superintendente de Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, embora os números se mantenham dentro de um padrão considerado normal desde 2022, a baixa cobertura vacinal, especialmente entre grupos mais vulneráveis, tem preocupado as autoridades.

“Estamos com uma baixa cobertura para algumas faixas etárias. Uma grande preocupação são os idosos, que costumam a ter casos mais graves da doença e, consequentemente, mais óbitos. Muitos desses idosos não retornam para tomar a dose de reforço”, alertou Flúvia ao jornal Opção.

Outro grupo que merece atenção, segundo a superintendente, são os imunodeprimidos, cujas condições de saúde os tornam mais suscetíveis a complicações causadas pela Covid-19. Além deles, Flúvia destacou a importância de gestantes e puérperas manterem seu esquema vacinal atualizado para garantir a proteção adequada.

Além do aumento de casos, 78 mortes decorrentes da Covid-19 foram registradas em Goiás nesse período, resultando em uma média semanal de 19 óbitos. Flúvia reforça que, apesar de os números estarem estáveis, o retorno das pessoas para completar as doses de reforço é essencial para evitar que a situação se agrave.

Além da Covid-19, Flúvia Amorim comentou sobre a situação da dengue em Goiás, que atualmente atravessa um período "interepidêmico", ou seja, de baixa transmissão. No entanto, ela prevê que os casos podem aumentar no final do ano, quando se inicia o período chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito transmissor da doença.

“A dengue é algo que sempre devemos nos preocupar. Este ano tivemos a maior epidemia da doença. Foram mais de 200 mil casos e tivemos 384 óbitos confirmados em Goiás”, relatou a superintendente.

Em 2024, o estado bateu recorde de infecções, com 295.901 casos de dengue registrados até o momento, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Esse número é mais que o triplo dos 55.687 casos contabilizados em 2023, reforçando o alerta para o próximo período chuvoso e a necessidade de intensificar ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

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