MP investiga Evandro Magal por suspeita de compra de votos em troca de nomeações em Caldas Novas

O Ministério Público Eleitoral de Caldas Novas abriu uma investigação para apurar uma possível tentativa de compra de votos envolvendo os candidatos à prefeitura pelo PSDB, Evandro Magal, e seu vice, Everton Jamal. A suspeita gira em torno de promessas de nomeação de concursados do cadastro de reserva em troca de apoio nas eleições municipais de 2024. O promotor de Justiça Eleitoral, Sávio Fraga e Greco, que instaurou o inquérito, já intimou os dois políticos para prestarem esclarecimentos.

De acordo com informações do portal Agência Press, o promotor relatou que “os candidatos a prefeito e vice, no pleito municipal de Caldas Novas em 2024, Evandro Magal e Everton Jamal, teriam promovido reunião em ato de pré-campanha, durante o qual firmaram compromisso expresso de nomearem munícipes de Caldas Novas para cargos públicos em caso de eleição”. Essa prática, se confirmada, poderia configurar captação ilícita de sufrágio, ou seja, compra de votos, o que é ilegal e pode acarretar graves consequências para os envolvidos.

A denúncia se baseia em registros de conversas em grupos de mensagens, além de fotos que foram enviadas ao promotor. Uma mulher que aguardava ser nomeada para a Secretaria de Educação do município teria compartilhado mensagens que indicam a promessa de nomeação em troca de apoio eleitoral. Esses indícios reforçam a investigação do Ministério Público.

O promotor solicitou à Secretaria de Educação de Caldas, por meio da titular Wanessa Rodrigues Almeida de Oliveira, a lista completa de todos os candidatos que estão no cadastro de reserva para o cargo de professor, referente ao concurso de 2014, para que seja possível acompanhar eventuais convocações e verificar se houve favorecimento eleitoral.

Segundo os relatos, alguns dos candidatos no cadastro de reserva teriam acionado a Justiça para serem nomeados. No entanto, conforme noticiado, a promessa feita pelos candidatos do PSDB envolvia a nomeação apenas daqueles que votassem neles e conseguissem votos de seus familiares.

A investigação aponta que a movimentação inicial teria partido de Everton Jamal, que, enquanto vereador, apresentou um requerimento solicitando que Evandro Magal assumisse o compromisso de nomear professores aprovados no concurso público de 2014. Evandro Magal, por sua vez, teria formalizado um “termo de compromisso” garantindo a nomeação dos aprovados, caso fosse eleito prefeito.

Uma das evidências incluídas no inquérito é uma foto em que Magal e Jamal aparecem ao lado da advogada que representa os professores aprovados e não nomeados. Na imagem, os três seguram um documento da Câmara de Vereadores, e a legenda da foto sugere uma “parceria por um propósito”, em referência à proposta de nomeação dos professores.

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