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Ao mesmo tempo bolsonaristas fazem campanha contra candidatos do PSD

O que explica Vanderlan mudar de ideia de novo sobre Alexandre de Morais?

23/09/2024, às 08:46 · Por Redação

Ninguém entende, enquanto os bolsonaristas fazem campanha contra o seu partido, o PSD, do também presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, Vandelan Cardoso defendeu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nas redes sociais neste fim de semana. 


Vanderlan publicou vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos principais mobilizadores dos bolsonaristas, parabenizando os três senadores do PSD que se posicionam contra Moraes. "Passando para parabenizar os três senadores do PSD que estão a favor da democracia, a favor do impeachment de Moraes. Vou deixar o instagram de cada um deles para vocês irem lá e parabenizar. Afinal de contas, o problema não é simplesmente estar no PSD, é estar no PSD e não apoiar o lado certo", afirmou. Vanderlan diz ao blog que se colocou favorável ao impeachment assim que procurado pelos defensores e chamou de "malandragem" o ataque generalizado ao PSD, com pedidos para que bolsonaristas não votassem nos candidatos do partido nestas eleições municipais.


Diante das pressões de bolsonaristas para que os senadores do PSD também cobrem de Pacheco a mudança de posição, Vanderlan negou ao Jornal O Popular que atuará nesse sentido. "No PSD, cada um respeita o espaço do outro. Agora, quando chegar a dois terços (41 assinaturas), é muito difícil o presidente do Senado não pautar", diz. Apesar da defesa da abertura do processo, ele diz não acreditar em aprovação do impeachment porque muitos senadores são alvos de ação no Supremo.


Ele só explicou o que aconteceu. Do meu partido, só tinha eu, agora são três (favoráveis)", diz. Questionado sobre os motivos para defender a medida mais extrema contra um ministro do Supremo, Vanderlan disse que são muitos os excessos cometidos por Moraes. "Eu não sou de entrar em onda. Esses barulhos em rede não me influenciam, não funcionam comigo. Mas são vários casos de várias irregularidades. Está complicado. Para mim, o que pesou mais são os presos do 8 de janeiro", diz. O senador afirma que subiu à tribuna em 19 de junho para defender anistia aos golpistas e apontou "exageros e erros" nos processos. Ele não citou o ministro Alexandre de Moraes no pronunciamento. Vanderlan afirma ter um conhecido de Rio Verde, com três filhos, que ficou preso por 1 ano e 7 meses. "Ele foi lá (em Brasília), mas não quebrou nada, não fez nada. É pai de família. Saiu há poucos dias da prisão. No pronunciamento, eu não defendo quem depredou, mas tem casos que deveriam ter saído há muito tempo", diz, completando que, mesmo após as críticas e apelos, Moraes não tomou providências para "libertar o pessoal".


No início do mês, Vanderlan também condenou a suspensão do X (antigo Twitter), em decisão de Moraes, chamando de "absurda". Ele defendeu a realização de audiência pública para debater o tema, em apoio a requerimento apresentado pelo senador Sérgio Moro (UB-PR). "O Brasil vive hoje uma situação pior do que a da China em termos de liberdade e comunicação", afirmou.




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