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Goiânia, 02/01/25
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Marcão do Siri (PSD) tinha um número de documento quanto foi investigado pelo MP. Agora como candidato, tem outro. Ele admite a duplicidade

Investigado por improbidade, candidato a prefeito de Itaguari tem dois CPFs

25/09/2024, às 10:08 · Por Redação

Candidato a prefeito de Itaguari pelo PSD, Helio Marcos Vieira de Lima, o Marcão do Siri, teve que se explicar nesta semana sobre um fato inusitado: ele possui dois CPFs, o registro de contribuintes mantido pela Receita Federal e que deveria ser único por pessoa. A numeração do CPF de Marcão no cadastro de candidato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições de 2024 é diferente da usada por ele quando foi alvo de uma ação antiga do Ministério Público, por improbidade administrativa, em 2013.

Marcão admite a duplicidade, mas garante que não tinha conhecimento do número divergente do usado na candidatura. “Fui na Receita Federal e realmente tinha mesmo a duplicidade desse CPF. E a gente pediu o que? O cancelamento desse CPF”, disse o candidato, em um vídeo publicado nas redes sociais, e posteriormente apagado. Ele mandou cancelar o CPF usado por ele em 2013.No entanto, a reportagem encontrou uma procuração assinada por Marcão, de fevereiro de 2017, em que ele usa um CPF diferente do declarado no cadastro de candidato. 

Em dezembro de 2013, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou com uma ação contra Helio Marco e outras três pessoas por improbidade administrativa. O CPF usado na ocasião para identificá-lo não é o mesmo que ele usa agora como candidato. “Como haviam dois números, não sei se por confusão, colocaram esse outro”, explicou uma assessora do candidato.

Na época, Marcão era Diretor de Benefícios Previdenciários da Agência Municipal de Obras de Goiânia. A promotora Fabiana Zamalloa escreveu, na denúncia de 2013, que o agora candidato teria determinado gratificações ilegais que teriam beneficiado um servidor. O caso já foi arquivado e Marcão não foi condenado. Ele chegou a se tornar réu, mas foi inocentado em 2017 por falta de indícios, se tornando apenas testemunha no processo. Em nota, o candidato a prefeito de Itaguari reforçou que não tinha conhecido da existência do segundo CPF e que cancelou o documento assim que teve essa informação.


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