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DivulgaçãoInvestigação aponta que Gusttavo Lima tem 25% de empresa de aposta que agia em lavagem de dinheiro; Vai de Bet é alvo de operação da Polícia Civil de Pernambuco
Investigação aponta que Gusttavo Lima tem 25% de empresa de aposta que agia em lavagem de dinheiro
25/09/2024, às 10:50 · Por Redação
O cantor Gusttavo Lima está no centro de uma investigação da Polícia Civil de Pernambuco que apura a relação dele com a empresa de apostas Vai de Bet, suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro. De acordo com a Operação Integration, que investiga crimes relacionados a jogos de azar, o artista não apenas atuou como garoto-propaganda da empresa, mas também adquiriu 25% de sua participação.
Na última segunda-feira, 23, a Justiça decretou a prisão preventiva de Gusttavo Lima, com base em transferências bancárias realizadas em 2022 e movimentações suspeitas ao longo de 2023. Entre as operações citadas, constam duas transferências, uma em abril no valor de R$ 4,819 milhões e outra em maio, de R$ 4,947 milhões. Além disso, a investigação aponta que houve depósitos adicionais entre fevereiro e julho deste ano, totalizando R$ 22,232 milhões, em diversas datas.
A defesa do cantor classificou a decisão judicial como "injusta e sem fundamentos legais" e informou que já está tomando as medidas necessárias para reverter a ordem de prisão. Em nota, os advogados afirmaram: “A decisão é totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor, e não serão medidos esforços para combater juridicamente essa decisão”.
O principal nome por trás da Vai de Bet, José André da Rocha Neto, também é alvo da investigação e encontra-se foragido. Ele estava na Grécia ao lado de Gusttavo Lima quando sua prisão foi decretada. Segundo as autoridades, o cantor teria ajudado o empresário em sua fuga. Rocha Neto é apontado como o cabeça do esquema que utilizava plataformas de apostas online para disfarçar a origem ilícita do dinheiro, prática que, de acordo com a investigação, envolve diversas empresas, incluindo a Balada Eventos, pertencente ao próprio Gusttavo Lima.
A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, destacou a gravidade do caso. "Essa é uma associação que levanta sérias dúvidas sobre a integridade das transações e a legitimidade dos vínculos estabelecidos".
O esquema de lavagem de dinheiro teria se dado através de casas de apostas online, utilizadas para camuflar a origem de recursos obtidos de forma ilícita. As autoridades investigam se o cantor tinha conhecimento pleno das atividades ilegais e seu envolvimento direto nas movimentações financeiras.
Em defesa, Gusttavo Lima segue afirmando sua inocência e destacando que nunca participou de qualquer atividade ilícita. A equipe jurídica do cantor reitera que as acusações são infundadas e que estão confiantes de que o processo judicial trará à tona a verdade.
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