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ReproduçãoAssessor do ex-presidente dos EUA ex-presidente Donald Trump, Jason Miller, nega qualquer comunicação oficial com o candidato à Prefeitura de São Paulo, contradizendo afirmação feita por Pablo Marçal
Trump desmente envio de carta para o goiano Pablo Marçal após incidente com Datena
27/09/2024, às 10:38 · Por Redação
A equipe do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump negou a veracidade da declaração feita pelo goiano Pablo Marçal, candidato pelo PRTB à Prefeitura de São Paulo. Marçal afirmou ter recebido uma carta de Trump após ter sido agredido por José Luiz Datena durante um debate transmitido pela TV Cultura. A informação, desmentida pela assessoria de Trump, foi publicada pelo portal Metrópoles.
O ex-coach Pablo Marçal havia anunciado, antes de sua participação no debate organizado pelo Grupo Flow, que recebeu uma correspondência do político norte-americano. No entanto, Jason Miller, porta-voz e conselheiro sênior de Trump, declarou que "o presidente Trump não enviou nenhuma carta do tipo", rebatendo a versão apresentada por Marçal.
Após ser atingido por uma cadeirada de Datena, Marçal chegou a comparar o episódio com o atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e também com uma tentativa de assassinato contra Donald Trump durante sua campanha presidencial. Em resposta às dúvidas levantadas, na manhã desta quinta-feira, 26, Marçal divulgou um suposto print de uma carta escrita por uma assessora de Trump. A mensagem, contudo, não mencionava o incidente da cadeirada e tampouco possuía data. O conteúdo do texto se limitava a um agradecimento pelo interesse de Marçal em apoiar a candidatura de Trump.
A relação entre Donald Trump e a família Bolsonaro tem sido amplamente divulgada, especialmente por meio de Jason Miller, que foi um dos principais assessores do ex-presidente americano durante seu mandato. Miller deixou o cargo para lançar a rede social GETTR, voltada para ex-apoiadores de Trump após seu banimento das redes sociais como Facebook e Twitter.
Além disso, a proximidade entre Trump e Bolsonaro foi reforçada por Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente brasileiro, que foi apresentado a Steve Bannon, ex-estrategista de Trump. Miller esteve no Brasil em 2021, onde participou da CPAC Brasil, a versão nacional da conferência conservadora americana, e se reuniu com figuras do governo, incluindo o ex-chanceler Ernesto Araújo e o assessor da presidência Filipe Martins.
No mesmo ano, Miller foi convocado a depor à Polícia Federal, em um inquérito que investigava a organização de milícias digitais bolsonaristas. O episódio foi usado por Jair Bolsonaro em seu discurso no ato de Sete de Setembro, em São Paulo, como parte de suas críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
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