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Goiânia, 02/01/25
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Cantor sertanejo Gusttavo Lima nega as acusações, enquanto Ministério Público avalia denúncia formal; indiciamento faz parte de investigação nacional envolvendo empresários e influenciadores

Gusttavo Lima é indiciado por suspeita de lavagem de dinheiro e organização criminosa

01/10/2024, às 09:15 · Por Redação

O cantor Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco no dia 15 de setembro, sob suspeita de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação é parte da Operação Integration, que apura atividades ilegais em todo o país e inclui como alvos a influenciadora digital Deolane Bezerra, bicheiros e empresários de grande porte. A defesa do cantor nega todas as acusações, e o caso agora está sob análise do Ministério Público, que decidirá se apresentará denúncia formal à Justiça.

Segundo a polícia, a investigação levou à apreensão de um cofre com aproximadamente R$ 150 mil em diferentes moedas — dólares, euros e reais — na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de Gusttavo Lima, em Goiânia. A polícia considera o dinheiro uma evidência de possível lavagem de recursos. No entanto, os advogados de defesa do cantor argumentam que o valor era destinado ao pagamento de fornecedores, e que não há ilegalidade na operação financeira.

Outro ponto destacado no indiciamento envolve a emissão de 18 notas fiscais sequenciais, totalizando mais de R$ 8 milhões, pela GSA Empreendimentos, outra empresa de Gusttavo Lima. De acordo com a investigação, essas notas estavam relacionadas à PIX365 Soluções, também conhecida como Vai de Bet, uma empresa sob suspeita. A defesa rebate, afirmando que todos os valores foram devidamente declarados às autoridades fiscais e que os impostos foram pagos conforme a lei.

As transações de aeronaves envolvendo Gusttavo Lima também chamaram a atenção da Polícia Civil. Entre 2023 e 2024, um avião da Balada Eventos foi vendido duas vezes para pessoas investigadas na Operação Integration. A primeira venda foi feita para Darwin Henrique da Silva Filho, da empresa Sports Entretenimento, e a segunda para José André da Rocha Neto, da J.M.J Participações. A polícia suspeita que as vendas tenham sido usadas para movimentar dinheiro de origem ilícita, mas os advogados do cantor garantem que todas as negociações foram realizadas de maneira lícita e transparente, com contratos regulares.

Vai de Bet
Outro aspecto que alimenta as suspeitas é o suposto envolvimento de Gusttavo Lima com a empresa Vai de Bet, uma casa de apostas também investigada. Documentos da operação indicam que o cantor teria 25% de participação na empresa desde julho deste ano. No entanto, sua defesa nega qualquer vínculo, afirmando que ele nunca foi sócio ou teve participação na administração da Vai de Bet. A polícia, contudo, investiga um possível envolvimento mais antigo do cantor com a empresa, especialmente após a assinatura de um patrocínio milionário com o Corinthians, o que aumentou as suspeitas.


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